terça-feira, 6 de agosto de 2013

A internet salvou Lula e a democracia de mais um golpe da velha mídia

Segundo o jornalista, à frente do Diário do Centro do Mundo e ex-diretor do Núcleo Exame, da Abril, "o fato de que a mídia digital não é controlada pelos suspeitos de sempre – Marinhos, Frias, Civitas, Mesquitas – é alentador não apenas para o ex-presidente mas para a democracia".

 do Brasil 247

Segundo o jornalista, à frente do Diário do Centro do Mundo e ex-diretor do Núcleo Exame, da Abril, “o fato de que a mídia digital não é controlada pelos suspeitos de sempre – Marinhos, Frias, Civitas, Mesquitas – é alentador não apenas para o ex-presidente mas para a democracia”.

Ex-diretor do Núcleo Exame, da Editora Abril, o jornalista Paulo Nogueira comenta declaração de Lula sobre a era da internet. Para ele, “o fato de que a mídia digital não é controlada pelos suspeitos de sempre – Marinhos, Frias, Civitas, Mesquitas – é alentador não apenas para o ex-presidente mas para a democracia”. Leia o artigo publicado no Diário do Centro do Mundo:
Lula foi salvo pela mídia digital
Nem Getúlio e nem João Goulart tiveram um contraponto ao ataque selvagem da imprensa.
Lula, com razão, deu ontem graças a Deus pelo aparecimento da internet, “nossa mídia”
Não que a internet seja dele, ou do PT. Mas o fato de que a mídia digital não é controlada pelos suspeitos de sempre – Marinhos, Frias, Civitas, Mesquitas – é de fato alentador não apenas para Lula mas para a democracia.
No Brasil, os interesses privados da mídia desestabilizaram, ao longo da história, mais de um governo que não fizesse o que o chamado 1% queria que fizesse.
Jango, em 1964, foi derrubado. Antes dele, em 1954, Getúlio foi levado ao suicídio.
Não havia o contraponto que a internet oferece. A sociedade era manipulada sem a menor cerimônia.
Lacerda falava no “Mar de Lama” de Getúlio, e todos reproduziam. A maneira mais canalha e mais barata de atacar governos de esquerda é pelo lado da “corrupção”.
Os cidadãos mais influenciados pelo noticiário são levados a crer que o que existe na política é uma roubalheira, e que tirando o partido do poder o problema estará resolvido.
Quem mais fala em corrupção à luz do sol em geral é quem mais à pratica na sombra. Nos últimos anos, as empresas de mídia, por exemplo, levaram a sonegação de impostos ao estado da arte enquanto bradavam em manchetes sermões moralistas e mentirosos.
Mas o que você pode fazer quando todos os microfones estão com os outros?
Getúlio Vargas, num gesto inteligente e ao mesmo tempo desesperado, tentou criar uma alternativa à voz ultraconservadora dos barões da imprensa.
Ajudou o jornalista Samuel Wainer a lançar a Última Hora, jornal voltado para os interesses populares. Mas foi uma voz solitária contra a de uma matilha.
Carlos Lacerda, o Corvo, o desestabilizador mais estridente, começou a atacar Wainer por não ter nascido no Brasil, o que contrariaria a lei que rege a propriedade de mídia no Brasil.
(Ninguém, mais tarde, reclamaria do fato de a família Civita não ser originária do Brasil, excetuados os Mesquitas aristocráticos, porque ali estava mais uma voz da turma.)
Sob as condições em que foram caçados Getúlio e Jango, é presumível que Lula não tivesse resistido ao assédio.
Imagine o circo do mensalão sem o contrapeso da mídia digital. Provavelmente teríamos hoje um presidente chamado Joaquim Barbosa, a serviço do 1% e comprometido com a Globo e tudo que de maléfico ela representa.
Por isso Lula deve ser mesmo grato à internet. E não apenas ele, mas todos aqueles – petistas ou não – que anseiam por um país menor desigual e injusto do que aquele que a elite representada pelas famílias da mídia impuseram aos brasileiros.

Um dos melhores deputados federais do Paraná (talvez o melhor) não tentará reeleição: Doutor Rosinha

Fonte:

Veja a coluna Conexão Brasília do André Gonçalves da Gazeta do Povo:

Rosinha faz reforma na própria carne

Após quatro mandatos consecutivos como deputado federal, o paranaense Dr. Rosinha (PT) desistiu de disputar a eleição em 2014. Os principais motivos, segundo ele, são o encarecimento das campanhas e a perspectiva de que o modelo atual de financiamento não vai mudar. A decisão tem muito a acrescentar no debate sobre reforma política.
Qualquer mudança para valer na legislação precisa girar em torno dos gastos absurdos com as eleições. Dos 30 deputados federais eleitos pelo Paraná em 2010, 16 declararam despesas de campanha superiores a R$ 1 milhão. Rosinha foi o 13.º desse ranking, com gastos de R$ 1.127.399,00.
Desse total, tirou R$ 295.611,19 do bolso, de acordo com informações prestadas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Para bancar a autodoação, o petista afirma que realizou um empréstimo bancário de
R$ 200 mil. Foi uma aposta de risco, já que fez 93.509 votos e foi o último dos 11 titulares na coligação PT/PMDB/PDT/PR/PCdoB.
Se não se elegesse e não pudesse honrar a dívida com a remuneração de deputado, Rosinha diz que teria de vender um dos dois apartamentos que declarou ser proprietário ao TSE. A propósito, entre fevereiro de 2011 e janeiro de 2015, o petista vai receber cerca de R$ 1,4 milhão em salários brutos. Com descontos, o valor deve ficar abaixo do total gasto com a campanha.
Como se vê, equações que envolvem financiamento eleitoral raramente fecham. Ainda assim, a desistência de Rosinha é uma raridade. Em 2010, por exemplo, só dois dos 30 representantes da bancada do estado na Câmara não tentaram um novo mandato – Alceni Guerra e Cassio Taniguchi.
Na época, ambos eram filiados ao DEM e voltavam de licenças após integrar o primeiro escalão do governo de José Roberto Arruda no Distrito Federal. Arruda, para quem não lembra, caiu após o escândalo do mensalão brasiliense (vale destacar que os dois paranaenses não foram citados nas investigações).
Alceni abriu espaço para a candidatura do filho, Pedro Guerra (PSD), que hoje é suplente de deputado federal em exercício. Ex-prefeito de Curitiba e atual secretário estadual de Planejamento da gestão Beto Richa (PSDB), Taniguchi justificou ter mais perfil político para trabalhar no Executivo que no Legislativo.
Rosinha não quer se aposentar. O objetivo dele é disputar uma cadeira no Parlamento do Mercosul. A primeira eleição feita no Brasil para o Parlasul estava prevista inicialmente para 2014, mas depende da aprovação de um projeto de lei pelo Congresso Nacional.
O petista, por sinal, é relator da proposta, que está pronta para ser votada pelo plenário da Câmara. Pelo texto, seriam eleitos 74 representantes brasileiros por um sistema de lista fechada com financiamento exclusivamente público. “São essas mudanças que me motivam”, conta.
Rosinha e o PT defendem há anos que as duas propostas precisam ser o alicerce da reforma política. Pouquíssimos outros partidos assinam embaixo, começando pelo argumento de que proibir doações privadas não funciona como uma varinha mágica que acaba com o caixa dois.
Nada melhor, no entanto, do que pautar a discussão com mais atitudes práticas e menos discurso. Rosinha parece disposto a servir de exemplo. Quem mais se habilita?

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

ABAIXO-ASSINADO EM APOIO AO PROGRAMA “MAIS MÉDICOS”

ABAIXO-ASSINADO EM APOIO AO PROGRAMA “MAIS MÉDICOS”
Para:À Exma.Sra. Presidenta da República Dilma Rousseff e ao Congresso Nacional
ABAIXO-ASSINADO EM APOIO AO PROGRAMA “MAIS MÉDICOS”

Nós, abaixo-assinadas/os, tendo em vista que:

1. A crise da saúde pública no Brasil resulta de um conjunto de fatores, como a falta de recursos orçamentários suficientes para o SUS, e a destinação de recursos públicos ao setor privado, e um estado que mais nega do que efetiva direitos;

2. Embora o Conselho Federal de Medicina (CFM), a Associação Médica Brasileira (AMB) e a Federação Nacional dos Médicos (FENAM), afirmem levianamente o contrário, a falta de médicos para a atenção à saúde pública em nosso País é um fato incontestável, bem como a má distribuição de tais médicos pelas diferentes regiões do Brasil;

3. É correta a convocação de médicos estrangeiros, depois de oferecidas as vagas existentes no SUS aos médicos formados no Brasil, pois não aceitamos que reservas de mercado comprometam a assistência à saúde de nosso povo;

4. As entidades médicas citadas, que nunca atuaram de maneira decisiva em favor da saúde pública mas agora levantam de maneira oportunista a bandeira do SUS, tentam encobrir as reais intenções desta campanha contra a vinda de médicos estrangeiros: a manutenção de privilégios quando a população brasileira sofre cotidianamente com as mazelas de nosso combalido SUS;

5. A contratação de médicos estrangeiros para suprir o déficit de profissionais no Brasil não dará conta de todos os problemas da saúde pública em nosso País;

APOIAMOS o Programa “Mais Médicos” em implementação pelo Ministério da Saúde, mas exigimos que o Governo Federal:

a) efetive a atenção básica como prioridade, e destine no mínimo 10% de suas receitas líquidas para os gastos com a saúde pública em nosso País, sem qualquer uso de recursos públicos à saúde privada, e outras formas de privatização da saúde;

b) proponha a revisão à maior da limitação de gastos com pessoal no serviço público prevista na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), pois a única maneira de se garantir a atenção à saúde da população brasileira é através de um Sistema Único de Saúde 100% público e estatal, sem quaisquer formas de privatização;

c) garanta que a expansão das vagas no ensino de medicina se dê através de instituições públicas de ensino superior, sem a mercantilização do ensino privado.

Os signatários