segunda-feira, 25 de junho de 2012

Entidades do Movimento $uper$aláriosnão entregam carta à Câmara de Vereadores solicitando redução dos Valores dos $uper$alários!

MOVIMENTO $UPERSALÁRIOSNÃO DEFINE ESTRATÉGIA PARA BUSCAR MAIS APOIO E ADESÃO À SOLICITAÇÃO DE REDUÇÃO DOS VALORES DOS $UPER$ALÁRIOS EM MARINGÁ.

Com a participação de diversos Sindicatos, Ongs, Partidos Políticos e cidadãos de maringaenses que integram o Movimento $uper$aláriosnão, aconteceu na noite desta quarta feira (20), uma reunião que definiu uma proposta de valores, que será apresentada com o sugestão à Comissão de Finanças e Orçamento da Câmara de Vereadores. A expectativa é que os vereadores elaborem um novo projeto para a redução dos salários do Prefeito, Vice Prefeito, Secretários Municipais, bem como para os Assessores dos Vereadores. (Os assessores não foram contemplados no projeto que reduziu os valores dos subsídios dos vereadores de R$ 12.00,00 para R$ 6.900.00, gerando uma desproporção entre o vereador e sua assessoria).


Em todos os casos, os valores devem obedecer ao índice de reposição dos funcionários municipais, que em 1º de abril de 2012, tiveram um reajuste de 8% nos seus vencimentos. O Movimento decidiu incorporar o estudo e proposta apresentada pela nota da Arquidiocese de Maringá, divulgada em nota pública na semana passada!

 A proposta será encaminhada, por um grupo de entidades, à Presidência da casa na terça feria (26) às 14hs, em forma de numa carta/oficio das entidades, com cópia à Comissão de Finanças e Orçamento da Câmara de Vereadores.

Até lá, o movimento estará buscando mais apoios e adesões das entidades representativas, principalmente entidades religiosas, empresariais e organizações como a OAB regional Maringá, entre outras entidades populares e representativas, para que também subscrevam a solicitação de redução, pondo um fim aos $uper$alários em Maringá.

 Acreditamos que a sociedade maringaense amadureceu e percebeu a importância da participação das entidades e dos cidadãos nas questões que afetam o conjunto da população.
A partir dessa lição, uma nova forma de diálogo entre os gestores públicos e representantes políticos da sociedade do município foi inaugurada, podendo-se dizer que foi um espaço forjado pela luta e pela mobilização dessa sociedade organizada e o resultado está sendo muito positivo para o fortalecimento e consolidação de uma democracia participativa.

Veja em anexo a proposta de carta com a sugestão de valores para a redução dos salários.

SOLICITAMOS A TODOS E TODAS QUE TIVEREM CONTATO COM ENTIDADES REPRESENTATIVAS POPULARES, SINDICAIS E ESTUDANTIS - CLUBE ESPORTIVOS - CONSELHOS LOCIAS (SAÚDE - EDUCAÇÃO - ASSISTÊNCIA - TUTELARES E OUTROS) ORGANIZAÇÕES CULTURAIS - INSTITUIÇÕES RELIGIOSOS DIVERSAS - GRUPOS DE JOVENS - IDOSOS - MÃES - PAIS E E COMUNIDADE EM GERAL, ALÉM FÓRUM DE DEBATES E PARTIDOS POLÍTICOS, QUE DESEJAM SUBSCREVER A CARTA, INFORMAMOS QUE O MOVIMENTO ESTARÁ BUSCANDO E RECEBENDO AUTORIZAÇÃO PARA A ASSINATURA!
O INTERESSE É DE TODOS!


 Ass: Movimento $uper$aláriosnão!

  Veja a Carta:

domingo, 24 de junho de 2012

Ação contra uso de agrotóxicos surpreende evento da CNA na Rio + 20


Manifestação organizada pela Via Campesina nesta quinta-feira (21) desmascara falsas soluções do agronegócio, através da manutenção do latifúndio e do envenenamento da comida
“Agronegócio é a mentira do Brasil”. Com essa palavra de ordem cerca de 250 militantes da Via Campesina Brasil e Internacional ocuparam o espaço da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), montado no píer Mauá, para desmascarar o discurso do agronegócio de uma agricultura sustentável. O stand, intitulado AgroBrasil, promovido pela CNA, Embrapa, Sebrae e por multinacionais como Monsanto e JBS, propõe a promoção de novas tecnologias para produzir alimentos e, segundo eles, preservar o meio ambiente. Além disso, será construído um documento de convergência de propostas das várias empresas do agronegócio, para ser apresentado à Rio + 20.
Os militantes da Via Campesina colaram cartazes em todo o espaço denunciando o abuso do uso de agrotóxicos, que envenena a comida da população brasileira. Além disso, estenderam faixas e fizeram um ato para que as pessoas presentes no evento pudessem ter consciência do alto consumo de venenos nas lavouras e na mesa dos brasileiros, sendo o Brasil o maior consumidor de agrotóxicos do mundo. “Você já tomou sua dose de veneno hoje?”, clamavam os manifestantes.
Segundo Cleber Folgado, coordenador da Campanha Nacional de Combate aos Agrotóxicos, a CNA usa um discurso falacioso para tentar enganar a população. “Viemos aqui para denunciar e para que toda população saiba a farsa promovida pela CNA de que a agricultura do agronegócio é sustentável”. Segundo ele, além dos vários problemas sociais e ambientais promovidos por esse modelo de produção, o uso de agrotóxicos se mostra como um dos mais sérios destes.

Ação surpresa e marcha
A manifestação surpreendeu os organizadores do espaço e as pessoas que visitavam o local vinculado à Rio + 20. Muitos apoiaram o ato, que ocorreu de forma pacífica, e seguiu de encontro a uma marcha organizada pela Via Campesina, do Sambódromo até o píer Mauá.
“Não podemos apenas ficar em casa produzindo se queremos que a agroecologia substitua o agronegócio. Temos que sair às ruas para lutar”. Assim teve início a marcha, que reuniu 3.000 camponeses e camponesas para denunciar as falsas soluções propostas pelo agronegócio para a crise ambiental.
Os manifestantes marcharam em fileira até o estande da CNA, local de encontro das duas ações. “Aqui o agronegócio discute as falsas soluções do capitalismo. Estamos aqui para repudiar essas falsas soluções e apoiar a soberania alimentar. O povo só é soberano quando produz seus alimentos com suas sementes e livre de agrotóxicos”, afirmou Dilei, militante do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) na Paraíba.
Os movimentos da Via Campesina propõem, ao invés do agronegócio, a soberania alimentar, que consiste em dar condições dignas para os camponeses produzirem alimentos sadios para a população, com políticas públicas que incentivem a agricultura familiar e o respeito aos conhecimentos tradicionais e à natureza.

sábado, 23 de junho de 2012

As Alianças Táticas! “eleitorais e de governabilidade” Os Partidos Políticos e os Pilantras e Oportunistas de Plantão!

Por Edson Leonardo PIlatti

O Brasil há décadas vive uma realidade de Cuecas, off-shores, mensalões e privatarias, além de verdadeiras quadrilhas de jogo do bicho, fraudadores de licitações e concursos, de traficantes travestidos de empresários e de outros “grandes negócios da elite”  que envolvem os “bandidos de toga”  e os esquemas e os interesses econômicos das transnacionais e das “corporações estratégicas” espalhadas pelo mundo, mas principalmente as americanas, na tentativa de exploração das nossas potencialidades e riquezas naturais.

No entanto, o que continua a ser absurdo é o fato de que esses pilantras poderosos continuam sendo “aceitos e considerados naturais” em se tratando não serem do PT.  Se for do PSDB e outro partido da elite é o óbvio e por isso não é escandaloso e nem motivo para ser notícia! Basta lembrar o atual caso Demóstenes (DEM) ou da Privataria Tucana (do PSDB e do Serra).
Essa realidade tornam esses comentários aqui nas redes sociais e de alguns da mídia oficial até engraçados, pra não dizer até irônicos, pra não dizer “sem contexto”! Melhor qualifica-los de ridículos e repugnantes. Aliás, o melhor ainda é qualificá-los de “discurso para incautos’, coisa de gente baixa e de pouco caráter”. Coisa de pessoas que consideram a política um instrumento de esperteza e de frases feitas, de factoides, de pirotecnia política que explora certa efemeridade dos fatos, sim, por que logo caem em desuso. Caracteriza-se, portanto, como um oportunismo eleitoreiro lamentável!  Alguns a serviço dos grandes e outros, uns pequenos idiotas que pensam em se dar bem e ganhar uns trocados e carreira com a sua subserviência aos tradicionais facínoras da república!

Aproveitem tucanalhada e anti-petistas em geral de extrema direita, pois o discurso de vocês a um tanto já se esgotou que explorar esse fato até pode lhe render uns votinhos. Chega a dar dó do desespero de vocês!

Esses “atores partidários (alguns da mídia alternativa e a maioria da oficial)”, sereszinhos repugnantes, procuram desesperadamente defendem-se de tais características e tentam se aproveitar do fato de que alguns do PT possuem práticas, (que em minha opinião não são “corretas” do ponto de vista de uma “ética nas alianças”, pois considero ser um equívoco político do PT, pela forma exclusivamente pragmática e eleitoral que elas estão sendo praticadas), para passar a seguinte mensagem subliminar, na esperança de tirar alguns votinhos a mais do PT.

O dicurso é essencialmente assim:   “Vejam população”, vejam que agora vocês podem voltar ao ninho mãe das pilantragens e negociatas da política, dos quadrilheiros da república, esses mesmos que patrimonializaram a riqueza desse país à custa do trabalho do povo brasileiro e pela expropriação do que é do estado para si próprios. 

 “Sim, povo brasileiro, agora vocês podem voltar, pois o PT provou que não é confiável”! 

Agora só falta bradarem assim “Voltem eleitores brasileiros, voltem ao nosso ninho, por que aqui somos todos honestos! Roubamos vocês sim, mas nunca dissemos que não faríamos isso! Aqui todos são convictos do que fazem como fazem e por que fazem”. Ah! E em favor de quem fazem! (sic)

No entanto, o mais irônico é que essas alianças seriam comuns e nem um pouco escandalosas se fossem praticadas pelos partidos a que pertencem como os DEMs – PSDBs e PPSs da vida! . Sim – por que nesses partidos é comum se saber o que acontece!

Aproveitam-se e usam o fato de uma aliança eleitoral, que buscou desagregar essa unidade dos partidos tradicionais. (sim desses que vocês fazem parte ou será que o fato do Silvio Barros II e Pupin serem do mesmo partido (PP) do Maluf não tem importância nenhuma para vocês?) como motivo para uma “animação descomunal“, próxima a uma “histeria política”,  que fazem buscar argumentos que chegam ao incompreensível na defesa da seguinte  ideia: “Agora que todos os partidos ficaram iguais, não há mais necessidade de votar no PT, por isso podem continuar votando nos de sempre” (sic) . Sinceramente! Dá-me náuseas!!!

Mas não se animem intrépidos blogueiros e jornalistazinhos incautos ou mal intencionados. Parece que o discurso de vocês acaba na lata do lixo quando o resultado disso tudo será uma hegemonia ainda maior do PT sobre a governabilidade de grandes cidades, com vistas a derrotar as pretensões eleitorais do PSDB e da direita em 2014.

As alianças eleitorais do PT com setores da burguesia tradicional da direita brasileira nem sequer são novidade (deve-se lembrar do apoio de Lula à Roseana Sarney) e com o próprio Sarney, que desde 2002 e até os dias de hoje são aliados PMDBistas do Governo Federal)

 Um governo que num pais tão grande necessita de uma maioria na base do Congresso Nacional – sob pena de não haver governabilidade (basta ver o caso do Presidente Lugo no Paraguai). Portanto, não tem nenhuma novidade nisso!

 O Fato principal que deve doer em vocês é que o Serra (PSDB) perdeu um apoio que ele esperava contar, podendo-se caracterizar, dessa forma, como uma reação de ressentidos e magoados! 
Bom meus amigos e amigas, quero ressaltar que a tônica de quem defende o indefensável é ater-se a fatos de uma aliança eleitoral para acusar como forma de tergiversar para não ter que se defender e responder as “CACHOEIRAS DE VERDADES” NO “RADAR” DA GRANDE MÍDIA, suja e corrupta!

Os variados níveis de dependência econômica e política dos veículos condicionaram segmentações na mídia brasileira. Parte significativa dos teóricos da comunicação situou as diferenças estruturais e ideológicas desta em dois blocos: o da “grande” imprensa ou o jornalismo empresarial e a “pequena” imprensa, na maioria das vezes vinculada a domínios políticos locais e regionais.

Portanto, meus amigos, terão que ter mais do que uma aliança com o Maluf para derrotar o Partido da classe trabalhadora, que apesar dos erros, transformou a política brasileira e está enfrentando a lógica perversa e deplorável da exclusão e morte praticadas pela ganância capitalista.

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Coligações sem coerência ideológica são resultado do falido sistema eleitoral


O deputado Raul Pont ocupou a tribuna nesta quarta-feira (20/6) para questionar o atual sistema eleitoral brasileiro, que aceita que coligações sejam apenas pragmáticas.
 
O deputado propôs esta reflexão para comentar a repercussão sobre a possibilidade de coligação no município de São Paulo entre o Partidos dos Trabalhadores (PT) e o Progressista (PP) e da foto do pré-candidato petista, Fernando Haddad, o ex-presidente Lula e o deputado federal Paulo Maluf. “Este fato suscitou um debate que é legítimo. É importante entender porque isto ocorre.
 
Hoje a maioria das coligações são marcadas pelo pragmatismo, como se o processo eleitoral fosse apenas uma soma de votos. Quando se chega a este ponto o problema não é uma pessoa, mas todo o falido sistema eleitoral”, destacou.
Pont disse ainda que não há dúvida de que Maluf é uma figura emblemática, “quase sinônimo de corrupção na administração pública”, mas que o PP não é composto apenas por ele. “O PP está conosco no governo Dilma, possui ministérios, apoia nosso projeto em nível federal.
 
O partido não é apenas o Maluf, certamente há pessoas honradas”, disse. O problema, continuou o deputado, é um sistema partidário e eleitoral baseado em voto nominal e financiamento privado ilimitado que distorce o processo eleitoral e não garante governabilidade. “Para governar, para ter maioria parlamentar necessita-se de alianças e acordos cada vez mais contraditórios e isso acaba com a própria democracia.
 
O descrédito é crescente e fatos como esse, entre Lula e Maluf, tem uma simbologia negativa para o eleitor e para a cidadania imensurável.
 
Os prejuízos para o pré-candidato Haddad já se manifestaram”, conclui Pont.

terça-feira, 19 de junho de 2012

Imagens do Movimento!










Brasil precisa diminuir uso de agrotóxicos, diz Pepe Vargas


Rio de Janeiro


Divulgação FEAB
O ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, disse que o Brasil precisa diminuir a quantidade de agrotóxicos utilizados na agricultura. A afirmação foi feita durante visita à Cúpula dos Povos, evento que acontece no Aterro do Flamengo, na zona sul da cidade, paralelo à Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20).
O ministério pretende considerar, a partir deste ano, critérios de sustentabilidade em suas ações de apoio à agricultura familiar, que, de acordo com Pepe Vargas, atende a 70% da demanda brasileira por alimentos. Vargas disse que temas como o manejo sustentável da água, do solo e dos insumos serão incluídos nas chamadas públicas de sua pasta.
“O Brasil ainda produz com muito agrotóxico. Queremos que haja redução dos agrotóxicos. Isso vai garantir alimentos ainda mais saudáveis e a saúde dos agricultores familiares. A agricultura familiar é, por excelência, o espaço onde podemos construir isso com muito mais facilidade”, disse.
O ministro explicou que no Plano Safra 2012/2013, a ser lançado no dia 4 de julho, o “corte da sustentabilidade vai ser ainda mais reforçado”.

domingo, 17 de junho de 2012

Princípios do Rio estarão no documento oficial, garante embaixador

Fonte:

Embaixador Luiz Alberto Figueiredo, negociador-chefe do Brasil para a redação do documento oficial da conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, garante que os Princípios do Rio (27 tópicos aprovados pela conferência da ONU de 1992) estarão presentes no documento oficial, incluindo o item das Responsabilidades Comuns Porém Diferenciadas. A reportagem é de Rodrigo Otávio.

Rio de Janeiro - “Os Princípios do Rio serão mantidos”, afirmou com exclusividade à Carta Maior o embaixador Luiz Alberto Figueiredo, negociador-chefe do Brasil para a redação do documento oficial da conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20. Todos? Inclusive o item das Responsabilidades Comuns Porém Diferenciadas? “As Responsabilidades Comuns Porém Diferenciadas serão mantidas. Os Princípios do Rio serão mantidos na íntegra”, declarou Luiz Figueiredo, antes de acelerar os passos pelos corredores do Riocentro para mais uma reunião preparatória do documento.

Também questionada sobre o tema pela Carta Maior, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, respondeu convictamente, “claro, integralmente!”, no que parece ser uma posição forte do governo brasileiro, que assumiu as negociações da redação do texto na noite de sexta-feira, sobre um dos pontos fundamentais para que o documento fuja das previsões de fracasso que rondam a parte oficial do encontro da ONU.

Os Princípios do Rio listam 27 tópicos aprovados pela conferência ambiental das Nações Unidas, em 1992, que guiaram uma visão otimista no manejo dos recursos naturais pelas países nestes últimos vinte anos. Além de seus conceitos afirmarem a soberania dos estados nacionais dentro de uma conjuntura preservacionista, inclusiva e democrática; um de seus itens trata das Responsabilidades Comuns Porém Diferenciadas (CBDR, em inglês).

Tal capítulo estabelece que na busca por novos paradigmas de desenvolvimento e preservação ambiental, os países ricos, principais degradadores da natureza em decorrência da adoção de um padrão de produção e consumo desproporcional, deveriam ter ônus maiores em políticas de reparação. Vinte anos mais tarde, com uma robusta crise econômica e financeira confortavelmente instalada em suas salas de estar, Estados Unidos, países europeus e Japão, tendo o Canadá como porta-voz, tentam rever o contrato.

Com o cabo de guerra em ação nos salões do Riocentro, temas como transferência tecnológica (e a sua conta), e novas tabelas de contribuição financeira em diversos acordos rascunhados, todos dependendo de uma definição dificílima do que é, afinal, a economia verde, atrasam a brochura que os chefes de estados, ao assinarem, sinalizarão otimismo ou pessimismo para os sete bilhões de habitantes sobre o planeta ainda azul.

Revisão
Em entrevista coletiva na tarde de sábado (16), o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Antonio Patriota, anunciou que os trabalhos agora sob a coordenação brasileira já deram origem a um novo rascunho de 56 páginas, ante as 80 anteriores. A ONU não divulgou o texto.

Patriota previu que o documento deve estar pronto até a noite do dia 18, cerca de 24 horas antes dos chefes de estado chegarem ao país, e reforçou o discurso do governo brasileiro pela integralidade dos Princípios do Rio no texto final. “Os Princípios são reafirmados. Especificamente os da Responsabilidades Comuns Porém Diferenciadas é lembrado, em particular na seção que trata da mudança do clima, nesta proposta que acaba de circular”, disse, sinalizando mais um puxão na corda para que os países ricos sejam debitados nos novos acordos.

China oportunista
Apesar de concordar em tese com as Responsabilidades Comuns Porém Diferenciadas, José Goldemberg, ministro da Ciência e Tecnologia à época da Eco 92, parece ser voz dissonante na batalha entre países ricos e em desenvolvimento.

“Esse é um dos pontos mais sensíveis. Eu acho que as responsabilidades são comuns e diferenciadas. Isso não significa que alguém não tenha responsabilidades. O problema é quando você vai determinar quais são as responsabilidades, aí surgem discussões. É claro que os países em desenvolvimento têm toda a razão em reclamar que eles precisam de auxílio financeiro, mas vários dos países em desenvolvimento são hoje países riquíssimos. A China é um país rico. Eu acho que a China pedir recursos para implementar medidas que levem à sustentabilidade é incorreto. Então eu acho que depender simplesmente de recursos internacionais não vai dar certo. Acho que cada país deve simplesmente fazer o que é possível dentro do próprio país”, afirmou para a Carta Maior.

Fotos: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Qual deverá ser o Valor do Salário do Prefeito e dos Secretários Municipais da Prefeitura de Maringa?

Assita o video com a proposta de referência para a elaboração dos valores dos salários do Prefeito - Vice e Secretários Municipais! 
Participe da Reunião no dia 20 de junho - quarta feira - as 19hs - no Plenarinho da Câmara de Vereadores. Vamos definir coletivamente uma proposta a ser encaminhada aos Vereadores!
clique na imagem e assita a entrevista com a proposta!

Movimento $UPER$ALÁRIOS NÃO! convoca reunião das entidades para definir proposta comum de valores para os salários do Prefeito vice prefeito e secretários de Maringá.

As entidades que formam o movimento "Super$aláriosNão!" em Maringá, devem se reunir, a partir das 19h desta quarta-feira (20), no Plenarinho da Câmara Municipal.
A reuião irá debater uma proposta de valores para revogação dos $uper$alários do Prefeito - Vice e Secretários maringaenses a partir de 2013 e apresentá-la como sugestão para um novo projeto da Comissão de Finanças e Orçamento da Câmara de Vereadores!

  Você cidadão de Maringá, participe da reunião, mobilize e cobre das suas entidades representativas para que se posicionem e ajudem a moralizar a política da nossa cidade!

PARTICIPE DA REUNIÃO DO MOVIMENTO $UPER$ALÁRIOSNÃO - REVOGAÇÃO JÁ!

terça-feira, 12 de junho de 2012

O Partido dos Trabalhadores, pelo Deputado Zarattini, busca acordo para votar projeto sobre Lei Anticorrupção



Zarattini busca acordo para votar projeto sobre Lei Anticorrupção

Ter, 12 de Junho de 2012 11:11

zaratini2702O deputado Carlos Zarattini (PT-SP), relator do projeto de lei (PL 6826/10), do Executivo, que estabelece punições às empresas que praticarem ilícitos contra a administração pública, nacional e estrangeira, disse que o substitutivo está pronto para ser votado. Ele adiantou, por outro lado, que alguns ajustes são necessários para que o projeto seja aprovado por unanimidade na comissão, em reunião prevista para esta quarta-feira (13).
Zarattini está se reunindo com parlamentares de todos os partidos, a fim de construir consenso em torno da proposta. Essa tratativa, explicou o relator, é para garantir que após ser aprovado na comissão, o parecer siga direto para análise do Senado. Ou seja, evita-se que o projeto passe pelo Plenário da Câmara.
O relator disse ainda que existe disposição dos integrantes da comissão em aprovar o substitutivo, no entanto, uma proposta dessa magnitude causa “incômodo” ao ramo empresarial.
“O setor empresarial está incomodado com o projeto. Eles demonstram preocupação porque o projeto prevê penas duras. Por exemplo, se vamos declarar inidoneidade de uma empresa por ato de corrupção, se esse ato é praticado numa pequena cidade do interior do Brasil, isso pode repercutir na atuação nacional dessa empresa. É uma questão que estamos avaliando. É preciso trabalhar isso pra que não seja feita uma penalização excessiva para uma realidade isolada”, declarou Zarattini.
Benildes Rodrigues

Lula salvou Dilma de golpe orquestrado por Demóstenes e Cachoeira, revela jornal



Postado em: 11 jun 2012 às 21:11 | Política

A operação era ousada, mas se comprova pela rede montada pela dupla em todo o Brasil que se estendia em todo o tecido dos três poderes. Para isso, não titubearam em mexer e usar todas as peças do tabuleiro, incluindo gente do Executivo, Judiciário e do Legislativo, em todas as esferas.

Segundo o veículo de comunicação goiano Diário da Manhã, Lula teria abortado um golpe, cuidadosamente articulado pelo senador Demóstenes Torres e o bicheiro Carlinhos Cachoeira, contra o governo da presidenta Dilma Rousseff. Vale a pena ler o artigo para conhecer mais dos objetivos do ambicioso senador. Segue abaixo a íntegra do texto.

Lula aborta o golpe. Cai a mais audaz e ambiciosa conspiração política do Brasil

Nos bastidores da Operação Monte Carlo, deflagrada pela Polícia Federal, o senador Demóstenes Torres (ex-DEM) e o empresário de jogos de azar Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, gestavam uma estratégia que passou ao largo das investigações: pavimentar a candidatura do parlamentar para o Palácio do Planalto em 2014.
Lula utilizou de visão política para evitar um golpe. O objetivo: alçar Demóstenes Torres (ex-DEM) à Presidência da República
A meta de Demóstenes e Cachoeira era construir uma teia de relações políticas e uma estrutura financeira que viabilizassem a candidatura à sucessão da presidenta Dilma Rousseff. Segundo políticos e interlocutores do senador, o projeto foi a senha para o desencadeamento da operação policial e a entrada do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas articulações, com vistas a abortar a estratégia.

Leia mais

Como se viu, a articulação política de Demóstenes e Cachoeira foi marcada por tentativas como, por exemplo, a discussão sobre a troca de partidos, daí as conversas sobre a saída do senador no DEM e o ingresso no PMDB. Na prática, o próprio movimento para a entrada do ex-democrata no ninho peemedebista e, portanto, na base aliada da presidenta Dilma, naufragou quando o PT e o Planalto perceberam a relação de Demóstenes com o contraventor.
A estratégia do senador e Cachoeira, segundo esses mesmos políticos e interlocutores, fica clara em trechos das gravações em que, a despeito de exaltarem suposta proximidade com o governo de Goiás, eles criticam o governador Marconi Perillo e reclamam de planos frustrados para a administração estadual.
O maior sonho do Demóstenes sempre foi pavimentar a candidatura nacional e subir a rampa do Planalto, por isso ele foi tão longe na defesa da bandeira da ética e encampou tantas propostas polêmicas na área de segurança pública e peitou caciques como (José) Sarney (PMDB-AP) e Renan (Calheiros, PMDB-AL)”, diz um amigo do senador.
O senador goiano foi longe em seu intento. Reeleito senador pelo Estado, o nome de Demóstenes entrou novamente, e com mais força, na bolsa de cotações para uma eventual candidatura de vice na chapa do PSDB ao Planalto. Nos momentos de estremecimento entre tucanos e democratas, o nome do senador goiano era citado até mesmo como alternativa para uma candidatura própria. Daí a profunda mágoa e a rápida reação dos líderes democratas em expulsá-lo do partido quando as denúncias contra ele e Cachoeira vieram à tona.
A princípio, a percepção era de que Demóstenes visava uma candidatura ao governo de Goiás em 2014, apresentando-se como uma alternativa ao PMDB e ao PSDB goianos. Mas o projeto, segundo interlocutores, sempre foi a Presidência da República.
“Demóstenes dizia que, para garantir a candidatura à presidência, ele precisava marcar o debate nacional com um discurso mais elaborado e convincente do que dos seus opositores. Ele encontrou no debate sobre a ética na política a ponte perfeita para encurtar esse caminho até o Planalto”, diz outra fonte, que também preferiu não se identificar. Aliás, segundo esse interlocutor, o projeto de Demóstenes para o Planalto nunca levou a aliança com o PSDB goiano em consideração. Era uma carreira solo entre Demóstenes e Cachoeira.
Na esteira do debate político e ético, o lastro financeiro era Cachoeira e sua rede de contatos no Estado e no cenário nacional. O empresário de jogos de azar foi o primeiro, segundo interlocutores do senador, a abraçar a proposta e se apresentar como colaborador na área financeira.
“O Cachoeira ficava imaginando os negócios que poderia fechar se tivesse nas mãos a fatura de uma corrida vitoriosa para a Presidência da República”, diz outro interlocutor.
“Nascia ali um PC Farias com muito mais bala na agulha”, comenta a fonte, em referência ao pivô da crise política que levou ao impeachment do então presidente Fernando Collor de Mello.
O cenário para a consagração de Demóstenes era perfeito. O político surgiu para o Brasil nas asas de uma carreira incontestável no Ministério Público, de onde foi catapultado para a Secretaria de Segurança Pública. Aí, o xerifão mais uma vez ganhou as manchetes da imprensa com a atuação para desvendar o sequestro de Welington Camargo, irmão da dupla sertaneja Zezé e Luciano. A fama de durão e incorruptível pavimentou o caminho para duas eleições consagradoras para o Senado.
Com o discurso de paladino da moralidade na ponta da língua na tribuna do Senado, temperado com frases espirituosas e inteligentes, Demóstenes logo virou o queridinho da imprensa nacional. Não custou muito para ganhar as páginas da Veja como o mosqueteiro da ética. Pilotando este marketing de Catão, surfou fácil nas ondas da maré anticorrupção que inunda o País.
Não poderia ser um nome melhor para enfrentar o petismo atolado até a garganta com denúncias de corrupção, entre elas o mensalão e a demissão de oito ministros do governo Dilma. Demóstenes, sem dúvida, despontava como o Dom Quixote brasileiro que lutava contra os moinhos verdadeiros da corrupção nacional, tendo como fiel escudeiro o empresário Carlinhos Cachoeira.
Isso deixou Lula angustiado, pois certamente colocaria fim ao domínio petista no País, que se aproxima de 16 anos e caminha tranquilo para uma hegemonia de 20 anos. O senador goiano poderia ser o homem que dispararia o tiro de misericórdia no lulismo. Lula, porém, teve a competência de enxergar a ameaça e abrir fogo contra o inimigo, agora desmascarado em todo o Brasil, depois de reveladas as estrepolias demostenianas.
A operação era ousada, mas se comprova pela rede montada pela dupla em todo o Brasil que se estendia em todo o tecido dos três poderes. Para isso, não titubearam em mexer e usar todas as peças do tabuleiro, incluindo gente do Executivo, Judiciário e do Legislativo, em todas as esferas.
Tanto é que quando o escândalo explodiu, o Senado solidarizou-se de imediato com Demóstenes. Mas, em seguida, o DEM o expulsou e agora até mesmo o PMDB de Iris Rezende, acostumado a abrigar em suas fileiras políticos com vasto currículo de malfeitos, o rejeitou.
Tudo foi pelos ares, porém, pela astúcia do ex-presidente Lula, que, mesmo abatido pelo câncer, não perdeu o faro e a visão que o tornaram o maior político do Brasil.
E o cenário dos Moinhos de Ventos de La Mancha (da corrupção) terminou com dois Sancho Pança, personificados em Demóstenes Torres e Carlos Cachoeira como as tristes figuras do épico de Cervantes.

quinta-feira, 7 de junho de 2012

"um agradável e descontraído bate papo sobre as eleições de 2012" - com uma bela feijoada!!!



"esquentando as baterias"

Um grupo de pessoas do Partido dos Trabalhadores de Maringá que integram a Democracia Socialista reuniram na manhã de quinta feira (07/05), na casa do Professor Aldevino.

  

Foi uma conversa bem objetiva e com vários compromissos agendados para breve.

Um dia de lazer... mas também de muito trabalho!

Aos que não tiveram oportunidade ou condições de participar...



...informamos que para os próximos dias estaremos realizando novas atividades e ampliando a nossa mobilização.

Fique Atento! 

quarta-feira, 6 de junho de 2012

País começa a explorar energia limpa das ondas

Usina pioneira na América Latina já está pronta no Ceará e será lançada durante a Rio+20


Dois flutuadores formam o primeiro módulo da usina de ondas da América Latina
Foto: Divulgação

Dois flutuadores formam o primeiro módulo da usina de ondas da América LatinaDivulgação
RIO - O país começa este mês sua primeira grande experiência para aproveitar a energia das ondas do mar. A primeira usina de ondas da América Latina funciona no porto do Pecém, a 60 quilômetros de Fortaleza e será lançada oficialmente durante a Rio+20. Para os pesquisadores, o local é um laboratório em escala real onde serão ampliados os horizontes da produção energética limpa e renovável.
O potencial é grande, asseguram. O litoral brasileiro, de cerca de 8 mil quilômetros de extensão, é capaz de receber usinas de ondas que produziriam 87 gigawatts. Na prática, de acordo com especialistas da Coppe, que desenvolve a tecnologia, é possível converter cerca de 20% disto em energia elétrica, o que equivaleria a 17% da capacidade total instalada no país.

Fronteira estratégica para a tecnologia
Antes de pensar em mais usinas no litoral brasileiro, porém, é preciso testar conceitos e comprovar tanto a viabilidade quanto a confiabilidade do projeto, que é financiado pela Tractebel Energia através do Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Agência Nacional de Energia Elétrica, com o apoio do governo do Ceará.
Dois enormes braços mecânicos foram instalados no píer do porto do Pecém. Na ponta de cada um deles, em contato com a água do mar, há uma bóia circular. Conforme as ondas batem, a estrutura sobe e desce. O movimento contínuo dos flutuadores aciona bombas hidráulicas, que fazem com que a água doce contida em um circuito fechado, no qual não há troca de líquido com o ambiente, circule em um ambiente de alta pressão.
— Fazendo uma analogia com uma usina hidrelétrica, em vez de termos uma queda d’água, temos isso de forma concentrada em dispositivos relativamente pequenos, onde a pressão simula cascatas extremas de 200 a 400 metros — explica Segen Estefen, professor de Engenharia Oceânica da Coppe. — A água sob pressão vai para um acumulador, que tem água e ar comprimidos em uma câmara hiperbárica, que é o pulmão do dispositivo.
O mar tem sido encarado pelos pesquisadores da Coppe como uma fronteira estratégica na qual o Brasil pode ser o líder tecnológico. Somente no projeto da usina de ondas, foram investidos R$ 15 milhões em quatro anos.
O Ceará não foi escolhido aleatoriamente. Sua grande vantagem estratégica é a constância dos ventos alísios, resultado da rotação da Terra. O movimento do ar gera ondas regulares no mar brasileiro. Elas não são grandes, mas estão sempre batendo. Poder contar com o movimento praticamente o tempo todo aumenta a eficiência da nova usina.
— Há alguns anos, o Brasil, por suas características, não era incluído em debates ou fóruns internacionais. Hoje, entendemos que não basta ter ondas grandes. Elas atuam em somente 20% do ano. Já as nossas batem de forma constante em mais do que 70% do ano — afirma Estefen. — Desenvolvemos o domínio tecnológico para atividades que, nas próximas décadas, vão acontecer cada vez mais no mar, que cobre 71% das superfície do planeta.
Ainda há um longo caminho a ser percorrido para que as usinas de onda passem a fazer parte da paisagem brasileira. Os especialistas evitam compará-las às hidrelétricas, que, em geral, têm custo de produção quatro vezes menor.
Na corrida pela viabilidade desta tecnologia, o vento é o principal concorrente. A energia eólica costuma ter a metade do custo. No entanto, os especialistas esperam uma redução de custos com aumento da escala de produção das usinas de ondas.
— Em alguns locais, há grande vantagem estratégica para a usina de ondas. Por exemplo, há estudos para o arquipélago de Fernando de Noronha, onde a energia vem da queima de diesel. Isso leva a riscos ambientais, inclusive em relação ao  transporte do combustível — ressalta o especialista da Coppe.

Estação abastecerá o próprio porto de Pecém
Por outro lado, barreiras legais, além do custo, se interpõem no caminho das usinas de ondas. Algumas das localidades consideradas de grande potencial energético são preservadas por leis ambientais. Nestes casos, seria necessário alterar a legislação, num processo que costuma suscitar muita polêmica e, muitas vezes, resistência de associações locais.
— Há limitações para colocar dispositivos de conversão em áreas de preservação ambiental. Temos que levar em conta os benefícios da usina de ondas e os riscos ambientais que já existem hoje — alerta Estefan. — Dependendo do local, apesar do custo de implantação, a usina de ondas se torna mais competitiva. O Reino Unido entra com força nesta tecnologia porque julga fundamental ter fontes de energia alternativas ao petróleo. Daqui a dez anos, eles querem garantir que 20% de suas fontes sejam renováveis.
A energia gerada em Pecém será consumida no próprio porto. Mas já há planos de ampliação da quantidade de braços mecânicos com bóias, que captam a energia do mar convertida em eletricidade. Toda a estrutura é feita em módulos, que podem ser acrescentados para aumentar a potência. Basta acrescentar flutuadores.


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/ciencia/pais-comeca-explorar-energia-limpa-das-ondas-5122838#ixzz1x1Bl0ghu
© 1996 - 2012. Todos direitos reservados a Infoglobo Comunicação e Participações S.A. Este material não pode ser publicado, transmitido por broadcast, reescrito ou redistribuído sem autorização.

Pesquisa científica comprova superioridade das sementes crioulas

Fonte: Cá Prá Nós

Este é um informativo da Associação Agroecológica Tijupá - Organização Não-Governamental (ONG), sem fins lucrativos, criada em 1990 que tem como missão: “Defender a Agroecologia como modo de vida

###########################POR UM BRASIL ECOLÓGICO,
LIVRE DE TRANSGÊNICOS E AGROTÓXICOS
###########################
 
 
 
Aconteceu nesta semana, no município de Lagoa Seca, na Paraíba, o Seminário “Pesquisa e Política de Sementes no Semiárido”. A grande novidade desse encontro, que reuniu pesquisadores de diversas instituições, agricultores, representantes de movimentos sociais e ONGs, professores, estudantes e representantes de órgãos governamentais, foi a apresentação de resultados de pesquisa científica a respeito da qualidade das sementes crioulas, carinhosamente chamadas no estado de “sementes da paixão”.

Num projeto de pesquisa conduzido em parceria pela Embrapa Tabuleiros Costeiros e a Rede de Sementes da Articulação do Semiárido Paraibano (ASA-PB), com o apoio da UFPB (Campus Bananeiras) e o financiamento do CNPq, foram realizados, ao longo de três anos, diversos ensaios de competição entre três variedades de sementes “melhoradas” e outras cerca de 20 variedades de sementes crioulas escolhidas pelos agricultores.


Nos anos 2009 e 2010 fizeram parte dos experimentos a variedade da Embrapa chamada “catingueiro” que, por ter ciclo curto, que se completa durante o curto período de chuvas, é indicada para o plantio na região semiárida e era então a única variedade de milho distribuída aos agricultores do Nordeste pelo Programa Nacional de Sementes para a Agricultura Familiar, conduzido pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) em parceria com a Embrapa; e também a variedade “AG1051”, da empresa Agroceres (que pertence à Monsanto), que é bastante plantada na Paraíba para ser comercializada para consumo humano direto como milho verde (especialmente na época das festas de São João). No ano 2011 o programa do MDA passou a distribuir também a variedade “sertanejo”, da Embrapa, que foi então também incluída nos ensaios.

Os campos para os testes foram implantados em comunidades localizadas na região da Borborema, que está na zona de transição entre a mata atlântica e a caatinga, e na região do Cariri, em plena caatinga e clima semiárido acentuado.
Os plantios foram conduzidos em manejo agroecológico e tiveram a participação dos agricultores em todas as etapas, desde a semeadura até a avaliação dos resultados. Durante os experimentos, as sementes foram marcadas por códigos, de modo que os agricultores não podiam identificá-las.

Resultados mostraram melhor desempenho das variedades crioulas em todos os campos de teste


O ano de 2009 foi um ano de precipitação média para os padrões da região. O ano de 2010 foi um ano de pouca chuva, e o ano de 2011 teve chuvas bem acima da média – um ano bastante atípico. Nos anos 2009 e 2010, ou seja, o ano de chuva regular e o ano seco, as variedades melhoradas tiveram desempenho muito abaixo das variedades crioulas. No ano 2011, aquele atípico de muita chuva, a variedade AG1051 teve bom desempenho, ultrapassando algumas variedades crioulas (e ficando pouco abaixo de outras).

Esses dados mostram, claramente, a superioridade das sementes crioulas em relação às sementes melhoradas em centros de pesquisa nas condições de solo, clima e manejo da agricultura familiar do semiárido paraibano. As sementes melhoradas podem produzir bem, desde que recebam água e fertilizantes – o que não faz parte da realidade nessa região. Como se vê, não é em vão o cuidado (e a paixão) com que esses agricultores cultivam, melhoram e conservam suas sementes.
Essa constatação, agora validada com todo o rigor que a ciência exige, apenas confirma o que os agricultores sempre souberam e defenderam: suas sementes locais é que são adaptadas às suas regiões e condições de manejo – afinal, estão há décadas sendo permanentemente adaptadas – e qualquer estratégia de promoção da agricultura familiar que não leve isso em conta estará, no mínimo, desperdiçando o melhor material genético disponível.

Historicamente, o campo acadêmico-científico e os gestores públicos afirmaram que as sementes crioulas não eram sementes, e sim “grãos”, negando sua qualidade e viabilidade e assim justificando as estratégias de utilização de sementes melhoradas em todos os seus programas. Diante dos resultados das pesquisas com a Embrapa, os agricultores presentes ao seminário de Lagoa Seca foram enfáticos ao afirmar: “nunca mais aceitaremos que nossas sementes sejam chamadas de grãos”.

Vale ainda observar que, para os agricultores, não é somente a produtividade que importa em uma lavoura de milho. A palha é importante para a alimentação dos animais, a planta alta e de colmo grosso serve de sustentação para a fava que ali cresce em consórcio, os grãos pequenos são preferidos para a alimentação das aves do quintal, o sabugo fino é preferido por muitas mulheres por ser mais fácil de ralar e preparar alimentos, bem como preferências por sabor variam de família para família, comunidade para comunidade. Ou seja, o enorme leque de opções que representa a agrobiodiversidade manejada e conservada pelos agricultores familiares permite uma série de usos e o atendimento de uma diversidade de demandas que não podem ser supridas por uma única variedade – por mais que ela seja eficiente na produção de grãos. A verdade é que a distribuição massiva de uma única variedade gera erosão genética e leva à perda dessa riqueza presente nas comunidades rurais.

Nos experimentos realizados em parceria com a Embrapa, essa perspectiva foi considerada e foram analisados diversos critérios na comparação entre as variedades de milho: produtividade; espessura da planta; quantidade de palha; cor, peso e tamanho da semente; resistência a pragas; resistência à seca, entre outros. Como já dito, as sementes crioulas locais proporcionaram sempre os melhores resultados.

Qualidade reconhecida por políticas públicas

Um exemplo de política pública que tem valorizado a agrobiodiversidade manejada pelos agricultores e as suas estratégias coletivas de gestão e conservação dos recursos genéticos, como os bancos de sementes comunitários (BSCs), é o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), gerido pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento / MAPA). Desde 2006 o PAA tem realizado ações de compra de sementes crioulas dos agricultores familiares e doação simultânea das sementes para os BSCs da mesma região – tanto para distribuição, como para formação de estoque em anos de crise. Está aí uma política que de fato fortalece a construção de autonomia dos agricultores.

Esperamos que os novos resultados científicos obtidos por uma instituição de tamanho prestígio possam orientar mudanças profundas não só no Programa Nacional de Sementes, como em todas as políticas públicas destinadas ao fortalecimento da agricultura familiar no Brasil.

Ainda neste número
1. Ministério da Agricultura prende produtos da agricultura camponesa mas não impede a venda de transgênicos e leite com soda cáustica
2. Justiça da Argentina rejeita recurso da Bunge
3. Agrotóxicos, interesses e anti-jornalismo
4. Código Florestal: o discurso vazio dos ruralistas

O Boletim é produzido pela AS-PTA Agricultura Familiar e Agroecologia (http://aspta.org.br/)
Para receber semanalmente o Boletim, escreva para boletim@aspta.org.br

terça-feira, 5 de junho de 2012

Depoimento de empresário à CPI do Cachoeira piora situação de Perillo

Maurício Savarese
Do UOL, em Brasília

Até parlamentares da oposição reconheceram que o depoimento do empresário Walter Paulo Santiago nesta terça-feira (5) piorou a situação do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB) na CPI mista (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) que investiga as relações do bicheiro Carlinhos Cachoeira com agentes públicos e privados. O tucano, que falará à comissão na semana que vem, é suspeito de ter sido pago duas vezes pelo imóvel onde o contraventor foi preso em Goiânia.

Conhecido como professor Walter, ele diz ter comprado o imóvel por R$ 1,4 milhão em julho do ano passado, e pagou com notas de R$ 50 e R$ 100. Perillo tinha afirmado que recebeu três cheques de um sobrinho de Cachoeira pelo pagamento da residência. Parlamentares suspeitam que o real valor da casa era de R$ 2,8 milhões, que não teriam sido declarados integralmente à Receita Federal, e que o empresário atuava como intermediário.

“Está claro que Walter, Perillo e Cachoeira têm uma relação intensa entre si”, disse o vice-presidente da comissão, deputado Paulo Teixeira (PT-SP). “Walter parece ter atuado em alguns casos ao lado de Cachoeira e em outros, com Perillo. Nesse caso, com os dois.” O contraventor foi preso na residência em fevereiro, já com o empresário educacional como dono do imóvel. O presidente da CPI, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), se recupera de um cateterismo.

Para o deputado Ônyx Lorenzoni (DEM-RS), a situação de Perillo é “difícil” e ele “terá de se explicar à CPI”. Ele e o colega Rubens Bueno (PPS-PR) destoaram dos tucanos e questionaram Walter duramente na sessão desta terça-feira. Os parlamentares do partido do governador de Goiás evitaram questionamentos duros e elogiaram a postura do depoente. Os atuantes senador Alvaro Dias (PSDB-PR) e deputado Fernando Francischini (PSDB-PR) se calaram.

"Casa das dúvidas"

Walter não esclareceu, em quatro horas de depoimento, as dúvidas dos parlamentares sobre como adquiriu a casa. Ela é de propriedade da empresa Mestra, que declarou rendimentos de apenas R$ 17 mil em 2010. Ele diz que sacou o dinheiro para pagar pelo imóvel em diversas parcelas e que não era dono da residência, embora tivesse uma opção de compra para adquiri-la para sua filha assim que ela se casasse.

Parlamentares da CPI suspeitam que o dinheiro tenha vindo de Cachoeira, que teria pagado impostos e condomínio do imóvel por até sete meses. A PF indica que o contraventor se infiltrou em vários níveis do governo do tucano, da Secretaria de Segurança Pública ao gabinete do governador, que nega as denúncias.

Professor Walter disse que negociou apenas com o ex-vereador Wladimir Garcez, nunca com Marconi, que falará à CPI no próximo dia 12. “Foi uma transação legal e cristalina”, afirmou o empresário. No dia 13, o depoimento será do governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), que também tem membros de sua gestão citados em grampos da Polícia Federal.


Tucanos aliviam para suposto intermediário de Perillo em compra de casa

Menos combativos do que de costume na CPI mista (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) do bicheiro Carlinhos Cachoeira, parlamentares tucanos evitaram nesta terça-feira (5) questionamentos duros ao empresário Walter Paulo Santiago, suspeito de intermediar a venda de uma casa do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), ao pivô do escândalo de corrupção.

O deputado Fernando Francischini (PSDB-PR), que semanas atrás acusou o relator Odair Cunha (PT-MG) de ser “tigrão” ao investigar Perillo e “tchutchuca” ao lidar com suspeitas sobre o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), silenciou. Fez o mesmo o senador Alvaro Dias (PSDB-PR). Oposicionistas de outros partidos, no entanto, foram mais duros com o depoente. Esses são os casos dos deputados Ônyx Lorenzoni (DEM-RS) e Rubens Bueno (PPS-PR).

O ex-promotor de Justiça e deputado federal Carlos Sampaio (PSDB-SP) não fez perguntas e elogiou a boa vontade do depoente ao tratar de um “negócio corriqueiro”. Suplente na comissão, Vanderlei Macris (PSDB-SP) afirmou que a venda do imóvel foi “como um negócio de qualquer pessoa”. Fez apenas uma pergunta: “O senhor considera que o governador Perillo fez uma venda de boa fé?” A resposta foi sim.

O dono da Faculdade Padrão negou que tenha sido intermediário de Perillo na venda de uma casa onde o contraventor foi preso. O imóvel foi adquirido por R$ 1,4 milhão. Walter diz que pagou em dinheiro. Perillo afirmou ter recebido três cheques de um sobrinho do pivô do escândalo. O tucano virá à CPI na próxima semana.

Conhecido como professor Walter, ele diz ter comprado o imóvel em julho do ano passado em espécie. O empresário negou que a residência tenha sido adquirida com cheques do sobrinho de Cachoeira, que foi preso ali em 29 de fevereiro. No entanto, manteve as suspeitas de parlamentares sobre como adquiriu a casa por meio de uma empresa que declarou rendimentos de apenas R$ 17 mil em 2010. Ele diz que pagou com notas de R$ 50 e R$ 100.

Membros da CPI suspeitam que Marconi recebeu duas vezes pela mesma venda. A PF indica que Cachoeira se infiltrou em vários níveis do governo do tucano, da Secretaria de Segurança Pública ao gabinete do governador, que nega as denúncias.

Governo Dilma no Dia Mundial do Meio Ambiente: menor taxa de desmatamento na Amazônia em 23 anos

Governo Dilma no Dia Mundial do Meio Ambiente:   menor taxa de desmatamento na Amazônia em 23 anos
Fonte:
logo
A presidenta Dilma Rousseff anunciou hoje (5), durante cerimônia de comemoração do Dia Mundial do Meio Ambiente, que a Amazônia Legal teve a menor taxa de desmatamento desde 1988, quando o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe/MCTI) começou a fazer a medição. De acordo com a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, 81,2% da floresta original encontram-se conservadas.
“A ministra Izabella mostrou que mais de 80% da vegetação original da Amazônia permanece intacta e também que entre 2004 e 2011 o desmatamento na região sofreu uma queda de 78%. Essa redução é impressionante, é fruto de mudanças na sociedade, mas também ela é fruto da decisão política de fiscalizar e ao mesmo tempo da ação punitiva dos órgãos governamentais,” disse a presidenta.
Durante a cerimônia, Dilma assinou decretos de criação do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Paranapanema, da Reserva Biológica Bom Jesus, no Paraná, e do Parque Nacional Furna Feia, no Rio Grande do Norte. A presidenta também ampliou as áreas do Parque Nacional do Descobrimento, na Bahia; da Floresta Nacional Araripe-Apodi, no Ceará; e da Floresta Nacional Goytacazes, no Espírito Santo. Outro decreto assinado por Dilma torna sustentáveis as compras públicas governamentais.
Também foi anunciado um plano de ação com o objetivo de reduzir a mortalidade infantil e materna da população indígena, com atendimento voltado para crianças de até 6 anos e mulheres de 10 a 49 anos. Ao anunciar o plano, Dilma afirmou que é preciso dar um tratamento especial à questão da saúde indígena.
Para o deputado Elvino Bohn Gass, líder em exercício da bancada do PT na Câmara Federal, o Brasil foi escolhido pelas Nações Unidas para sediar a conferência mundial sobre meio ambiente, chamada Rio+20, porque o país tem sabido combinar crescimento com sustentabilidade. “Somos um dos três maiores produtores de alimento do planeta e detemos a maior reserva de água doce do mundo. Isto conta. Mas o importante é que temos demonstrado que somos uma Nação que distribui renda e cresce preservando o meio ambiente.”