terça-feira, 30 de julho de 2013

I Conferência Macrorregional de Promoção da Igualdade Racial da Região de Maringá.


Participe da Conferência Macrorregional de Promoção da Igualdade Racial da Região de Maringá.
São 91 municípios com direito à participação! (confira a relação no evento)
Com o tema “Democracia e Desenvolvimento sem racismo: por uma regional afirmativa”, o Movimento Negro de Maringá, diversas entidades, fóruns e organizações de Sarandi e Região Noroeste do Paraná, juntamente à Prefeitura de Maringá por meio da Diretoria da Igualdade Racial, além de órgãos de outros municípios, promovem a Conferência Intermunicipal de Promoção da Igualdade Racial - Regional Maringá.
O evento é a etapa da Conferência Estadual e da III Conferência Nacional:
Confira no Link:
http://www.seppir.gov.br/


 
INSCRIÇÕES NO LOCAL:
 
Programação.

13h às 14h – Credenciamento
14h – Abertura (Apresentação do Hino Nacional, composição da mesa e cumprimentos das autoridades)
14h30min – Palestra – “Democracia e desenvolvimento sem racismo: por um Brasil afirmativo”
15h – Leitura e aprovação do Regulamento da etapa macro regional da Conferência.
15h30min – Formação dos Grupos de Trabalho e discussão dos eixos da Conferência Macro Regional de Promoção da Igualdade Racial
Grupo I
EIXO I: Estratégias para o desenvolvimento e o enfrentamento ao racismo
EIXO II: Políticas de igualdade racial no Brasil: avanços e desafios
Grupo II
EIXO III: Arranjos institucionais para assegurar a sustentabilidade das políticas de promoção da igualdade racial
EIXO IV: Participação política e controle social: Igualdade Racial nos espaços de decisão; mecanismos de participação da sociedade civil no monitoramento das políticas de promoção igualdade racial.
16h30min – Plenária para apresentar e referendar propostas dos grupos de trabalho.
17h – Eleição de Delegados e Delegadas para a etapa estadual.
17h30min – Plenária Final para referendar delegados e delegadas.
18h – Encerramento da Conferência
17h – Proclamação dos Resultados
18h – Encerramento
 
Relação dos Municípios que integra a Conferência Macrorregional de Promoção da Igualdade Racial da Região de Maringá. Confira se a sua cidade está na relação e organize a sua participação!
 

sexta-feira, 26 de julho de 2013

PLENARIA NACIONAL DOS MOVIMENTOS SOCIAIS – 05 de Agosto de 2013, São Paulo.

Prezados companheiros e companheiras  

Na nossa última Plenária Nacional dos Movimentos Sociais, realizada dia 18 de Junho, em São Paulo deliberamos por realizar no dia 05 de Agosto de 2013, uma nova Plenária Nacional dos Movimentos Sociais, com o objetivo de realizarmos uma análise coletiva desta nova conjuntura que se abre para as lutas sociais no Brasil, além disso a Plenária também pretende debater e encaminhar lutas unitárias para os próximos períodos.

Definimos também que esta Plenária terá um caráter mais amplo do que as anteriores, com Representações Nacionais dos Movimentos Sociais e também representantes dos estados que estiveram construindo os processos de mobilização de Junho e Julho deste ano.
Outro encaminhamento nosso foi que os estados em que atuamos realizem Plenárias Estaduais dos Movimentos Sociais para debater estes mesmos pontos e definir representantes para a Plenária Nacional.
Assim sendo, e somado ao balanço positivo que a esquerda e os Movimentos Sociais como um todo fazem das Mobilizações do 11 de Julho e a urgência de definirmos nossos próximos passos, nós (João Pedro e Paola) que estávamos responsáveis pela relatoria e coordenação da última Plenária escrevemos a seguinte Carta Convite para que todos nós façamos o esforço de envolver o máximo possível de organizações e Movimentos Sociais para se somarem a nós no dia 05 de Agosto. Sintam-se a vontade para divulgar a carta.
Informamos de antemão, que já conseguimos um local para a realização da nossa Plenária no dia 05 de Agosto, que cabem cerca de 150 pessoas, é no SINTAEMA – Sind. Dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente do Estado de São Paulo, que fica na Avenida Tiradentes, 1326, bem próximo a estação de Metrô Armênia.
Fizemos um e-mail para recebermos as confirmações de presença da Plenária. A proposta é que seja o plenaria05deagosto@gmail.com
Aguardamos retorno com urgência!
Abraços Fraternos
 
João Pedro Stédile
Paola Estrada (qualquer questão podem me ligar no 011-2131-0270)
 
 
CARTA CONVITE
São paulo, 16 de Julho de 2013
Para: Aos Militantes de Movimentos Sociais do campo e da cidade, de todo o Brasil
Assunto: PLENARIA NACIONAL DOS MOVIMENTOS SOCIAIS – 05 de Agosto de 2013, São Paulo.

Estimados companheiros/as
Após os intensos processos de Mobilização ocorridos em todo o país nos meses de Junho e Julho realizamos diversas reuniões de avaliações envolvendo amplos setores dos movimentos sociais. Sendo que a partir de agora se colocam para nós novos desafios, principalmente na elaboração de uma análise coletiva dos movimentos sociais em relação ao atual momento e seus desafios, além de seguirmos no esforço de construirmos lutas unitárias de grande peso para influenciarmos a sociedade brasileira.
Assim sendo, elaboramos a seguinte CARTA-CONVITE, que contém informações do que temos avaliado e proposta de realização de Plenárias Estaduais e uma Plenária Nacional dos Movimentos Sociais, no dia 05 de Agosto de 2013 em São Paulo - SP.
I- A avaliação politica geral:
a) A Jornada nacional de lutas do dia 11 de julho, foi um sucesso. Houve atividades da classe trabalhadora em praticamente todos os estados. Na maioria das capitais houve manifestações massivas ou houve paralisação efetiva do trabalho e do transporte. Houve um clima de paralisação geral em todo país.
b) Alguns setores mais conservadores da Mídia tentaram desqualificar em especial BAND, FOLHA, Estadão mas outros tiveram que reconhecer a natureza nacional e sua amplitude. Inclusive a Rede Globo deu uma cobertura razoável no jornal nacional.
c)Os temas apontados na mobilização tiveram diferentes interpretações em cada estado. Em alguns predominou a pauta mais da classe ( redução da jornada de trabalho, fator previdenciário, retirar o PEC da terceirização..) e em outros lugares houve uma politização em torno na necessidade da reforma politica e de reformas estruturais.
d) Os setores da juventude que haviam se mobilizado em junho, pouco participaram.
e) O governo Dilma assustado com as mobilizações dos jovens tentou tomar iniciativa politica com a proposta de Constituinte, do plebiscito e dos 5 temas de mudanças. Mas em nossa opinião, vem sendo sistematicamente derrotado por sua propria base parlamentar. Ou seja, deste congresso não podemos esperar absolutamente nada !  (Se eles não conseguem apoiar nem o governo, que lhe abastece com emendas e poder, imaginem estar ao lado do povo!)
f) A direita também está atônita. Sua única tática é eleitoral, de desgastar o governo até 2014. Mas também não tem unidade em torno de um projeto/discurso alternativo e muito menos de um candidato que unifique a direita. Tentaram até pesquisar a opinião sobre o Barbosa, mas logo apareceram seus "podres". As pesquisas de opinião entre os manifestantes da juventude, nas mobilizações de junho, apontam uma leve preferencia (22%) pela Marina e depois até o presidente do STF.
g) Foi significativo o fato de várias capitais e cidades terem feitos mobilizações contra a Globo e suas afilhadas e aqui sim a maioria foram os setores da juventude. Em São paulo, interferiram na transmissão do jornal das 19 h, e o próprio locutor teve que dar como noticia o protesto contra a Globo.
h) É muito difícil arrancar nesse momento conquistas, mesmo das pautas mais econômicas.
i) As bandeiras dos movimentos do campo e do MST estiveram presentes em todos os atos, e a reforma agraria, voltou a ser citada pela imprensa, de forma simpática.
(Nota: Em cada estado e local, certamente os companheiros/as estão fazendo o balanço e avaliações das características e resultados que tiveram junto à população e a imprensa, e suas consequências para a correlação de forças)

II- Diante dessa avaliação, projeta-se:
a) Estamos recém entrando num novo período histórico, de muita disputa politica e ideológica com a burguesia, seus poderes e os meios de comunicação. Será um período longo e de muita disputa, cujos desdobramentos e possibilidades de vitorias da classe trabalhadora ainda estão em aberto.
b) O governo Dilma havia tomado iniciativa politica nas mobilizações de junho, mas ao ser derrotado por sua própria base parlamentar, agora, esta estudando outros passos, que não estão claros. Por ora, há sinais nas seguintes direções: afastar-se mais do PMDB que lhe traiu publicamente, fazer uma mini reforma ministerial para recompor um centro de elaboração politica, e orientar os únicos três partidos que permaneceram aliados (PT, PDT e PCdoB) a insistirem com a tese de projeto legislativo para convocar um plebiscito. Porem, os termos colocado para o plebiscito que seria convocado por esse decreto são pífios, e propõem apenas pequenas mudanças eleitorais, sem alteração do quadro politico.
c) A Burguesia até agora, também deu sinais que não tem unidade, nem de que passos pretende dar frente as mobilizações.
d) É possível que as forças direitistas, se aproveitem da visita do Papa e da semana da pátria, de sete de setembro, para irem às ruas e levantarem bandeiras conservadoras.
e) Será um período que nos exigirá muita persistência,sabedoria, debate coletivo, para entendermos a cada momento, e uma certa ousadia para acertar nos passos que precisamos dar.
f) O MST e os movimentos do campo precisamos estar cada vez mais estar antenados e articulados com os trabalhadores da cidade. Nossa luta pelas mudanças no campo, com a reforma agraria e o projeto de agricultura familiar, camponesa, somente avançarão junto com eles. Porem, se abre um novo período propicio para retomada das lutas no campo.
III- ALGUMAS PROPOSTAS PARA OS PROXIMOS PASSOS
1- Realizar o maior numero possível de plenárias locais, regionais e estaduais para avaliar a situação.
2- Construir a unidade de todas as forças populares, no campo partidário, centrais sindicais, movimentos sociais, movimentos de jovens e as pastorais.

3- As centrais sindicais se reuniram a nível nacional, fizeram seu balanço, e estão organizando o seguinte calendário, para o qual devemos somar forças:
a) Dia 6 de agosto: mobilização nacional nas sedes dos sindicatos patronais, em todas as cidades, contra o projeto da terceirização das leis trabalhistas patrocinadas pela burguesia no congresso;
b) Dia 30 de agosto: realização de nova paralisação nacional em todo pais.
4- A agenda principal agora é LUTAR POR REFORMAS POLITICAS, para impor derrotas à burguesia no campo institucional e abrir espaço para uma maior participação popular na politica, gerando condições para entrarmos num período de reascenso do movimento de massas.
5- A partir da reforma politica, abrir a possibilidade das reformas estruturais, como: reforma agraria, prioridade dos recursos públicos para educação, saúde e transporte publico; reforma tributaria; reforma do judiciário.
6- Devemos concentrar fogo também no tema do projeto de democratização dos meios de comunicação, que ataca o controle ideológico hegemônico que a burguesia tem no controle da imprensa. E ao mesmo tempo há unidade em torno de um projeto alternativo acordado entre todas as forças populares. E esse projeto poderia ser aprovado, sem mudanças constitucionais. Está em curso um abaixo-assinado ao projeto de lei, de iniciativa popular.
7- Há uma proposta – a qual convidamos todos a debaterem nas nossas Plenárias Estaduais e Nacionais, de que, diante da inviabilidade de um plebiscito oficial, deveríamos agora abraçar a bandeira de realização de um plebiscito popular, a ser organizado e coordenado por todas as forças populares que estão nas mobilizações. Nesse sentido, o plebiscito deveria ter apenas uma questão: Você aprova a convocação de uma assembleia constituinte exclusiva, a ser eleita pelo povo, de forma independente, para fazer as reformas politicas no país?
8- Nossa missão agora é fazer esse debate com todas as forças. Por isso, propomos que todos realizem consultas e debates nos estados, nas plenárias de avaliação,etc . E se a proposta da realização do Plebiscito popular for interessante e aprovada pela maioria das forças populares, poderíamos lançá-lo e começar a colher assinaturas já nas mobilizações do sete de setembro. E seguir durante alguns meses, até colher milhões de assinaturas e ai ir a Brasília numa grande marcha entregar aos três poderes.
IV- CALENDÁRIO DE LUTAS, já acertado até agora, que devemos nos somar e potencializar nossas lutas em todos os espaços, na cidade e no interior:
1- Dia 6 de agosto, Mobilização nacional em frente as sedes de sindicatos e simbologias da burguesia nas cidades, contra a lei de terceirização do trabalho.
2- Semana de 12 de agosto, mobilização da juventude em torno dos temas da educação.
3- Dia 30 de agosto: Paralisação nacional pelas reformas
4- Semana de 5 a 7 de setembro, temos programa a jornada nacional de luta contra os leilões do petróleo, pela redução das tarifas de energia elétrica, e o Grito dos excluídos. Devemos nos preparar e participar das manifestações do dia 7 de setembro, inclusive porque a direita pode também querer disputar conosco, pela simbologia que a data tem.
5- Semana de 16 a 20 de outubro. Jornada nacional e internacional, contra os leiloes do pré-sal, contra as empresas transnacionais do agro, contra a mineração. Em defesa da soberania alimentar e de alimentos sadios e baratos para todo povo.
V- ARTICULAÇÃO NACIONAL
No dia 18 de Julho de 2013 realizamos uma Plenária Nacional dos Movimentos Sociais, com cerca de 40 representantes de organizações nacionais, na qual definimos por realizar uma nova Plenária Nacional dos Movimentos Sociais, com representantes Nacionais e dos estados.
Neste sentido, gostaríamos de convidar militantes dos movimentos sociais de todo o Brasil a se somarem conosco no local e data descrito abaixo.
Data: 5 de agosto de 2013, das 9 às 18h.
Local: SINTAEMA – Sind. Dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente do Estado de São Paulo, que fica na Avenida Tiradentes, 1326, bem próximo a estação de Metrô Armênia. São Paulo - SP
Pauta:
  • Análise da conjuntura politica
  • Próximos passos, sobre plebiscito, reforma politica, mobilizações e lutas.
Como participar:
Pedimos para que todos se articulem em seus estados, para que tenhamos uma representação dos plenários e fóruns estaduais. E também que os delegados tragam as opiniões e propostas do seu estado.
Confirmação de Presença:
Pedimos que confirmem presença pelo e-mail plenaria05deagosto@gmail.com ou pelo telefone 011-2131-0870 (falar com Paola).

Assinam:
João Pedro Stédile (MST-Via Campesina)

Paola Estrada (Sec. ALBA Movimientos)

Por que a Prefeitura de Maringá não se inscreveu no Programa Mais Médicos?

Pergunta que não quer calar! Por que a Prefeitura de Maringá não se inscreveu no Programa Mais Médicos? Será que as Unidades Básicas de Saúde de Maringá não sofre com falta de médicos?

Programa Mais Médicos conta com 208 municípios do Paraná inscritos

O Programa Mais Médicos registrou 208 municípios do Paraná inscritos até esta quarta-feira (24), o equivalente a 47% das cidades do estado. Desse total, 27 estão nas regiões paranaenses de maior vulnerabilidade social e consideradas prioritárias.

Mais Médicos: saúde inclusiva, universal e preventiva para o povo pobre
 
Confira a lista dos municípios participantes
 
No Brasil todo, 2.552 municípios aderiram ao programa, o equivalente a 45,8% das cidades brasileiras. Do total, 887 (34%) estão em regiões de maior vulnerabilidade social. A região Nordeste registrou o maior número de inscrições, com 867 (34%) municípios participantes. O Sudeste contou com 652 municípios participantes e o Sul, 620. Norte e Centro-Oeste registraram 207 e 206, respectivamente.
  
“Com este programa estamos enfrentando um dos grandes desafios da saúde pública brasileira, que é levar mais médicos para perto da população, especialmente para as regiões onde faltam profissionais. Sabemos que um médico junto da população faz diferença. Além disso, estamos fortalecendo a atenção básica, que é capaz de resolver 80% dos problemas de saúde sem a necessidade de recorrer a um hospital”, esclarece o ministro, Alexandre Padilha.
 
O Programa Mais Médicos registrou 208 municípios do Paraná inscritos até esta quarta-feira (24), o equivalente a 47% das cidades do estado. Desse total, 27 estão nas regiões paranaenses de maior vulnerabilidade social e consideradas prioritárias. As inscrições estavam abertas até 23h59 do dia 25 de julho, e podiam  ser feitas pelo site www.saude.gov.br.
 
Lançada pela presidenta da República Dilma Rousseff no dia 8 de julho, a iniciativa levará mais médicos às regiões carentes, sobretudo nos municípios do interior e na periferia das grandes cidades. Todos os municípios do país podem participar, indicando as unidades básicas de saúde de suas regiões em que há falta de médicos.
Nesta semana, autoridades do Governo Federal fizeram reuniões em diferentes estados do país, mobilizando prefeitos e secretários de saúde para participar do Mais Médicos. Entre os estados visitados, estão Bahia, Minas Gerais, Ceará, Pernambuco, São Paulo, Pará, Amazonas, Maranhão, Paraná e Rio Grande do Sul.
INFRAESTRUTURA – O Programa Mais Médicos faz parte de um amplo pacto de melhoria do atendimento aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), com objetivo de acelerar os investimentos em infraestrutura nos hospitais e unidades de saúde e ampliar o número de médicos nas regiões carentes do país.
Em todo o país, o Ministério da Saúde e o Ministério da Educação estão investindo R$ 15 bilhões até 2014 na infraestrutura da rede pública de Saúde. Deste montante, R$ 7,4 bilhões já estão contratados para construção de 818 hospitais, 601 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs 24h) e de 16 mil unidades básicas. Outros R$ 5,5 bilhões serão usados na construção, reforma e ampliação de unidades básicas e UPAs, além de R$ 2 bilhões para 14 hospitais universitários.
Somente no Paraná, já foram investidos R$ 149,3 milhões para obras em 1.024 unidades de saúde e R$ 17,8 milhões para compra de equipamentos para 334 unidades. Também foram aplicados R$ 70,8 milhões para construção de 41 UPAs e R$ 28,5 milhões para reforma/construção de 49 hospitais.
Além da chamada de médicos, a iniciativa prevê o aumento das oportunidades de formação médica no país, com a criação de 11,5 mil novas vagas de Medicina e 12 mil de residência em todo o Brasil, além do aprimoramento da formação médica com a inclusão de um ciclo de dois anos na graduação em que os estudantes atuarão no Sistema Único de Saúde (SUS).
DIAGNÓSTICO – O programa Mais Médicos é um estímulo para a ida de médicos para os municípios do interior e para as periferias das grandes cidades, onde é maior a carência por este serviço. O Brasil tem oferta desta mão-de-obra menor que países como Argentina, México, Inglaterra, Portugal e Espanha.
Do ponto de vista regional, a situação é mais crítica: 22 estados estão abaixo da média nacional, sendo que cinco têm menos de um médico para cada grupo de mil habitantes.
CRONOGRAMA – O Ministério da Saúde, com o fim do primeiro período de inscrições, divulgará no dia 26 de julho o total de vagas existentes em cada cidade inscrita. E, até o dia 28, os médicos brasileiros que aderiram ao programa poderão escolher os municípios onde querem atuar pelo site www.saude.gov.br.
Em 1º de agosto será divulgada a relação de profissionais com registro profissional no Brasil que terão de homologar a participação e assinar um termo de compromisso até 3 de agosto. Dois dias depois, as escolhas serão validadas no Diário Oficial da União. As vagas remanescentes serão divulgadas em 6 de agosto. O processo de escolha nesta segunda etapa vai até 8 do mesmo mês e os resultados serão publicados em 13 de agosto.
Os profissionais que atuarão no programa receberão bolsa federal de R$ 10 mil, paga pelo Ministério da Saúde, mais ajuda de custo, e farão especialização em atenção básica durante os três anos do programa. Os municípios ficarão responsáveis por garantir moradia e alimentação aos médicos, além de ter de acessar recursos do ministério para construção, reforma e ampliação das unidades básicas.
A prioridade nas vagas será de médicos brasileiros, e somente as que não forem preenchidas serão oferecidas aos estrangeiros.
Fonte: Ministério da Saúde

terça-feira, 16 de julho de 2013

O poder da TV nas eleições


Publicado no jornal Folha de S. Paulo

TV é a principal fonte de informação dos eleitores
A televisão é o principal meio de comunicação utilizado pelos eleitores brasileiros para se informar sobre os candidatos que disputam as eleições neste ano. Segundo o Datafolha, 65% dos entrevistados afirmam que a TV é a mídia preferida para obter informações.
Os jornais aparecem em segundo lugar, com 12% de preferência, e a internet e o rádio vêm em terceiro, com 7% cada um. Conversas com amigos ou familiares são apontadas por 6%.
INTERNET - Nas eleições presidenciais dos Estados Unidos, em 2008, segundo informações do Pew Research Center, instituto de pesquisa americano, a internet era a principal fonte de informação de um quinto do eleitorado do país.
No Brasil, a popularidade da rede é baixa mesmo quando o Datafolha pede para os entrevistados citarem três meios de comunicação usados para se informar: 27% mencionam a internet, que fica atrás de conversas com amigos e familiares (32%).
A TV é lembrada por 88% e continua em primeiro lugar. Em segundo vêm os jornais, com 54%, e rádio aparece em terceiro, com 52%.
O Datafolha ouviu 10.905 eleitores em 379 municípios de todo o país (exceto Roraima). A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais.
Entre os principais candidatos à Presidência, a internet tem maior penetração entre os eleitores de Marina Silva (PV): 11% dizem que a rede mundial de computadores é a principal fonte de informação, contra 7% dos que têm intenção de votar em José Serra (PSDB) e 7% dos que afirmam querer votar em Dilma Rousseff (PT).
Acima da média nacional, 70% dos nordestinos afirmam que a TV é a principal fonte de informação sobre os candidatos, e os moradores do Sudeste são os que menos preferem essa mídia (60%).
A TV é também o veículo mais citado pelos mais pobres: 68% entre os que têm renda familiar mensal acima de dois salários mínimos, em contraposição aos 47% dos que ganham acima de dez salários mínimos.
O jornal, por sua vez, tem maior penetração entre os mais ricos: 24% dos que têm renda familiar mensal acima de dez mínimos.
O melhor desempenho da internet ocorre entre os mais escolarizados (20% entre os que têm ensino superior), os mais ricos (18%) e os mais jovens (14% dos que têm de 16 a 24 anos).


COMENTÁRIO: Se por um lado, a TV é o meio em que o candidato pode apresentar melhor seus projetos, seja através dos debates ou da propaganda gratuita. Por outro, o marketing político utiliza a linguagem televisiva para construir um candidato perfeito, carismático e sem defeitos. O ideal é que o eleitor procure informações sobre os postulantes em todas as mídias, confrontando dados e avaliando a biografia de cada um. Outro aspecto importante é o posicionamento ideológico da fonte, às vezes, alguns veículos possuem interesse particular na divulgação de determinada notícia. A TV não pode ser a única fonte de informação para o eleitor, até porque o vídeo pode enganar muito, a história mostra que candidatos sem conteúdo já foram transformados em verdadeiros líderes na telinha.

terça-feira, 9 de julho de 2013

Inflação ou terrorismo econômico da oposição?!


Nunca antes, na história deste País, houve uma coincidência tão grande entre capas de revistas, manchetes de jornais e destaques televisivos como nos últimos dias; essa harmonia ocorre às vésperas de uma reunião do Comitê de Política Monetária e tem dois objetivos paralelos: arrancar juros maiores do governo e desgastar a presidenta Dilma.

Mas afinal de contas, quem seriam os articuladores desta ação orquestrada? Como de fato está a inflação no país? O que está por traz desta campanha midiática?

Primeiramente, com relação a inflação brasileira, se observarmos no gráfico abaixo os dados do levantamento histórico, desde o ano de 1999, veremos que estamos bem longe de um "descontrole inflacionário".


Com relação a inflação dos últimos 12 meses, o gráfico abaixo fala por si, e comprova: a curva de inflação subiu de setembro de 2012 a janeiro de 2013, depois disso, entrou em queda.


Só haveria motivo para grandes preocupações se a curva continuasse subindo. Como já está em queda, significa que as medidas tomadas pelo governo estão funcionando e já produzem efeitos. Não é a toa que o próprio mercado financeiro é categórico ao prever que o índice de inflação IPCA chegará em dezembro fechando o ano em 5,7%, dentro da meta.

O que explica então todo esse terrorismo econômico presente diuturnamente na mídia?

Nos últimos anos, com os avanços econômicos e sociais obtidos nos governos Lula e Dilma, os argumentos econômicos conservadores (neoliberais) passaram a ser usados para combater, e tentar reverter, as políticas de valorização do trabalho e do salário e distribuição de renda.

Eles reconhecem que as causas da inflação são: A clara melhoria no mercado de trabalho e no emprego, a recuperação dos salários e o aumento da renda dos trabalhadores (a minha renda inclusive), que obviamente fortalecem o consumo popular e também o da "nova" classe média.

Obviamente para tentarem reverter os ganhos obtidos pela nossa população graças aos governos PeTistas, a mídia oposicionista e vendilhona (a serviço da de uma oposição não menos vendilhona) parte para o ataque e proclama: Já passou da hora do Banco Central subir a taxa de juros!

Mas, muita gente boa não embarca nas teses oposicionista. Li, recentemente numa entrevista do professor de economia Luiz Gonzaga Belluzzo, uma frase didática do exagerado jogo político (econômico) que ele tem observado: “obsessão de analistas e da imprensa em cobrar uma alta de juros virou uma doença, um samba de nota só, uma visão de prazo curtíssimo”.

Um outro fragmento de texto publicado no site Brasil247 aponta a real dimensão da intencionalidade do aumento dos juros:

O que está em debate não se trata de técnica ou de ciência econômica, mas de disputa política pela apropriação de fatias cada vez maiores de riqueza. Aos especuladores não importa o crescimento da economia ou o bem estar dos brasileiros, mas apenas a satisfação de velhos privilégios que, pela primeira vez em décadas são contrariados pela política econômica do governo federal. Os resultados dessa política podem ser vistos no anunciado fracasso de aplicações financeiras que sempre foram o dreno que engordava as contas bancárias da especulação.


Um aumento de 0,5% (meio por cento) na taxa de juros pode gerar uma transferência de 14 bilhões de reais aos especuladores (cada 0,1% de variação na taxa de juros significa 2,8 bilhões de reais e 441,8 milhões de dólares em benefício da ganância financeira). Esta é a questão real e concreta que o debate sobre o preço do tomate esconde.

Post scriptum: A bola no momento está com o governo, na reunião desta semana o COPOM tem a chance de responder à nossa oposição - midiática e irresponsável - mantendo os juros no atual patamar e reforçando as possibilidades de aumento no crescimento do PIB que se refletirá na manutenção de salários e empregos em alta!


Fonte: http://www.andrenogaroto.com.br/index.php?pagina=3
 

“Pagar R$ 10 mil para um médico trabalhar 40 horas é um absurdo” Mas pode chamar de corporativismo

julho 9th, 2013 by mariafro

A única coisa boa na vergonha alheia que  sentimos quando lemos comentários ou depoimentos dos médicos corporativistas quando eles tentam entrar no debate sobre saúde pública é descobrir o quanto esses indivíduos são egoístas, mercenários, rasos em seus argumentos e como vivem distantes da realidade do povo brasileiro:
“Pagar R$ 10 mil para um médico trabalhar 40 horas é um absurdo”, disse ele, referindo-se ao valor de bolsa previsto pelo “Mais Médicos” para atrair profissionais o interior do país e para regiões de periferia. “Se não tiver um plano de carreira, não vai fixar [na localidade]“, apontou.” (diretor de defesa profissional da Associação Paulista de Medicina, APM, Marun David Cury)
Por isso, decidi que da mesma forma que não discuto aborto com quem não tem útero, não discuto mais saúde pública com quem não é usuário do SUS ou quem médico ou não acha que SUS é castigo. 
SUS é direito, seus mercenários. QUALQUER ESFORÇO PRA MELHORAR A SAÚDE PÚBLICA DO BRASIL DEVE SER APOIADO, ao menos por profissionais e cidadãos com valores solidários e não corporativistas.
Não se brinca com a saúde dos mais pobres.
Quem realmente está preocupado com a saúde pública no Brasil luta por recursos, por fiscalização, contra médicos desonestos que usam dedo de silicone em registro de ponto, contra gestores vagabundos que usam o dinheiro da saúde pública para outros fins. 
Gente preocupada com a saúde pública vai pressionar o Congresso pra jogar na lata do lixo as mudanças que o SENADO fez no projeto dos royalties pra educação e saúde e não fazer passeata contra a vinda de médicos cubanos, portanto cartazes xenófobos e cheios de preconceito de classe. Gente patética.

Em discurso, Dilma afirmou que todos os brasileiros devem ter o mesmo direito à saúde de qualidade e que o governo só recorrerá a profissionais estrangeiros caso não consiga atender a demanda com médicos brasileiros. Segundo ela, garantir que o sistema funcione e tão importante quando suprir a rede com profissionais de qualidade.
Entidades médicas condenam programa ‘Mais Médicos’
08/07/2013
Vinda de médicos sem revalidação de diploma é ‘irresponsável’, dizem.
Obrigar estudantes a atender no SUS ‘favorece exploração’, apontam.
Entidades que representam os médicos condenaram o programa “Mais Médicos”, anunciado nesta segunda-feira (8) pelo governo federal. Ele prevê a contratação de mais profissionais para atendimento em áreas carentes, inclusive de estrangeiros, além de aumentar a formação de medicina em dois anos, obrigando os estudantes a trabalharem no SUS durante esse período, remunerados por uma bolsa.
Carta assinada pela Associação Médica Brasileira (AMB), Associação Nacional de Médicos Residentes (ANMR), Conselho Federal de Medicina (CFM) e Federação Nacional dos Médicos (Fenam) afirma que “é inaceitável que nosso país, cujo governo anuncia sucessivos êxitos no campo econômico, ainda seja obrigado a conviver com a falta de investimentos e com a gestão ineficiente no âmbito da rede pública”.
As medidas anunciadas “assumem altos riscos”, dizem as instituições, porque “não observam a cautela imprescindível ao exercício da boa medicina”. A vinda de médicos estrangeiros sem aprovação no Revalida  (exame de revalidação de diploma) e a abertura de mais vagas em escolas médicas, sem qualidade, na opinião das entidades, são “medidas irresponsáveis”, afirmam.
“Elas comprometerão a qualidade do atendimento nos serviços de saúde e, em última análise, expõem a parcela mais carente e vulnerável da nossa população aos riscos decorrentes do atendimento de profissionais mal formados e desqualificados” , criticam.
A ampliação do tempo de formação nos cursos de medicina é “uma manobra que favorece a exploração de mão de obra”, disseram as entidades.
O formato de contratação dos médicos – sem garantias trabalhistas expressas, com contratos precários e com uma remuneração não compatível com a responsabilidade e exclusividade – são pontos que merecem críticas, na opinião das associações médicas.
Elas afirmaram que nos próximos dias deverá ser feito o questionamento jurídico da iniciativa do governo, já que, em sua visão, ele contraria a Constituição ao “estipular cidadãos de segunda categoria, atendidos por pessoas cuja formação profissional suscita dúvidas, com respeito a sua qualidade técnica e ética”.
Investimento
O presidente do Conselho Regional de Medicina em São Paulo (Cremesp), Renato Azevedo Júnior, disse que o programa é uma forma de “escamotear” o baixo investimento em saúde no país. Segundo ele, o Brasil investe menos que a média dos países em saúde e a simples contratação de médicos não resolverá os problemas do sistema público de saúde.
Ele afirmou ainda que o conselho apenas aguarda a publicação da medida provisória e das portarias que instituem o programa, para estudar as medidas jurídicas a serem tomadas contra ele, que podem incluir uma Ação Direta de Inconstitucionalidade. Os textos devem sair nesta terça (9) no Diário Oficial da União.
O Cremesp não pretende, ainda, cadastrar os médicos estrangeiros que não passarem pelo Revalida, o que pode causar outro entrave legal, pois o profissional não afiliado à entidade profissional, em tese, não pode atuar.”Nós já fizemos uma resolução de que não vamos dar o registro para quem não for revalidado”, afirmou. Azevedo disse que, até o momento, o governo não entrou em contato com o conselho para discutir como seria feita a regularização dos médicos do programa.
“Arbitrariedades”
Para o diretor de defesa profissional da Associação Paulista de Medicina (APM), Marun David Cury, o programa deve ser questionado na Justiça por ter “arbitrariedades”, como a mudança na duração do curso de medicina. “É discutível legalmente, primeiro por ser uma coisa obrigatória”, disse ele.
Cury questionou ainda o tipo de preparo que vão ter os estudantes, na medida em que podem ser enviados a municípios no interior ou regiões remotas para fazer o estágio obrigatório – medida que ainda não está clara com as regras do novo programa.
“Você tem um programa nos cursos [de medicina], você tem professores doutores, aprendizado e treinamento intensivo”, diz o diretor da APM. “Já o aluno que vai para uma periferia [pelo 'Mais Médicos'] provavelmente não vai ter um sistema de suporte”, ressaltou. “A chance de fazer uma besteira é enorme, e ele [o estudante] dificilmente vai ter um aprendizado.”
“Pagar R$ 10 mil para um médico trabalhar 40 horas é um absurdo”, disse ele, referindo-se ao valor de bolsa previsto pelo “Mais Médicos” para atrair profissionais o interior do país e para regiões de periferia. “Se não tiver um plano de carreira, não vai fixar [na localidade]“, apontou. (grifos do blog)

domingo, 7 de julho de 2013

"Qual médico brasileiro de classe média iria morar numa casa de palha?"

    

Tocantins tem experiência exitosa com médicos cubanos


O melhor texto sobre médicos estrangeiros li no Brasiliana.org, blog do Luis Nassif. A jornalista Maria Fernanda Ziegler assina a reportagem “Eles defendem a vinda de médicos estrangeiros para os rincões do País. Ela conta a experiência do estado do Tocantins com a contratação de médicos cubanos, quando o cirurgião dentista Eduardo Medrado era secretário da Saúde. Entre 1995 e 2002, vieram 90 médicos de Cuba. Foi uma experiência muito boa. No Tocantins, as casas eram de palha. “Qual médico brasileiro de classe média iria morar numa casa de palha?” perguntou sorrindo. Já Marco Aurélio da Rosa, doutor em Educação e Saúde pela Sorbonne é mais direto: “a questão não se resume á falta de interesse dos médicos brasileiros, na verdade, nossos médicos estão mal preparados e tem medo de ir para o interior, pois lá não encontram a mesma infraestrutura dos hospitais da capital. A questão está no tipo de Medicina ensinado, com base em alta tecnologia apenas e não no exame clínico. “Nossos médicos não sabem mais fazer uma boa clínica e baseiam seus atendimentos apenas em exames”, afirma o professor de Medicina. O problema não é dinheiro, já que existem salários de até R$ 20 mil.
LEIA NA ÍNTEGRA:
Eles defendem a vinda de médicos estrangeiros para os rincões do País.
Por Maria Fernanda Ziegler 
"
Nossos médicos não são bons clínicos e se baseiam só em exames. Não dá para equipar um hospital no interior com tantos equipamentos", diz doutor em Saúde

De sua casa em Araguaína, interior de Tocantins, Eduardo Medrado, cirurgião geral aposentado de 67 anos, observa a polêmica da vinda dos médicos estrangeiros ao Brasil com atenção.
Em 1995, então secretário estadual de Saúde, (do Tocantins) ele firmou um acordo com Cuba para trazer médicos cubanos para o interior do Tocantins. “A ideia inicial era ‘importar’ 200 médicos, mas, no fim, vieram 90 médicos distribuídos em várias etapas entre 1995 e 2002”, diz.
Foi uma experiência muito boa. O médico cubano tinha formação socialista. Aqui no Tocantins a maioria das casas era de palha. Qual é o médico brasileiro, de classe média, que vai querer morar numa casa de palha?”, questiona Medrado, com uma leve risada.
Marco Aurélio da Rosa, doutor em Educação e Saúde pela Universidade de Sorbonne, na França, e com pós-doutorado na Universidade de Bologna, Itália, também é favorável à vinda de cubanos para os rincões do País. Para ele a questão não se resume apenas à falta de interesse dos profissionais brasileiros em irem para o interior, mas está relacionada principalmente com a má formação do médicos no Brasil.
Os nossos médicos estão mal preparados e têm medo de ir para o interior, pois lá eles não encontram a mesma infraestrutura que encontram em hospitais das capitais do País”, diz o gaúcho, que atualmente é professor aposentado da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
Rosa também afirma que já foi comprovado que o problema não é dinheiro, pois muitas prefeituras do interior oferecem altos salários, alguns chegam a R$ 20 mil.
Para ele, o problema está no tipo de medicina ensinado, baseado apenas em exames de alta tecnologia e não no exame clínico, que torna a oferta de emprego no interior descolada da expectativa profissional dos recém-formados.
Nossos médicos não sabem mais fazer uma boa clínica e baseiam os seus atendimentos apenas em exames. Não dá para equipar um hospital no interior do País com tantos equipamentos assim para fazer exames”, disse.
Marco Aurélio da Rosa, no entanto, é contra a vinda de médicos portugueses ou espanhóis para o Brasil. “Os médicos da Espanha ou de Portugal vêm para cá para disputar mercado com os nossos médicos nos grandes centros do País, pois não há mais mercado para eles na Europa. Eles também não vão querer ir para o interior do Brasil. Quem vai para lá é o médico cubano que recebe esta formação social e a ideia é que eles fiquem por um período apenas”, disse.
De acordo com o Rosa, o Brasil tem dois milhões de brasileiros em áreas sem atendimento médico.
“Temos 6.602 unidades construídas e que estão sem médico, só com enfermeiro, principalmente em regiões da Amazônia, interior do Nordeste. O que se pretende fazer com isto? Quem topa ir para a Amazônia?”
De acordo com o presidente do Conselho Federal de Medicina, Roberto D'Ávila, há 1,8 médicos para cada mil habitantes no País. Porém, ele reconhece que há desigualdade entre as regiões.
Experiência no Tocantins
No projeto do Tocantins, os médicos cubanos passavam um mês estagiando no Hospital Público de Doenças Tropicais de Araguaína.
“Neste estágio eles se atualizavam sobre vacinação e doenças imunopreveníveis. De malária, por exemplo, eles não sabiam nada, mas como tinham boa formação em fisiopatologia aprenderam rápido.”
No projeto do Tocantins, os médicos cubanos passavam um mês estagiando no Hospital Público de Doenças Tropicais de Araguaína.
“Neste estágio eles se atualizavam sobre vacinação e doenças imunopreveníveis. De malária, por exemplo, eles não sabiam nada, mas como tinham boa formação em fisiopatologia aprenderam rápido.”
Medrado conta que os médicos cubanos recebiam o mesmo salário que os brasileiros. “O salário era de 8 mil ou 10 mil, uma fortuna para eles. O governo cubano cobrava 30% do que eles ganhavam independentemente se fosse do hospital público ou do particular. E eles pagavam. Claro, o governo deu a educação.”
O cirurgião-geral aposentado conta que o problema da falta de médico no Tocantins foi solucionado, na época, “a partir da complementaridade” entre brasileiros e cubanos.
“Não tínhamos médicos brasileiros de todas as especialidades que precisávamos. Com a vinda dos cubanos, os 17 hospitais ficaram com todas as especialidades”, disse. Ele conta que, antes do projeto, conseguiam preencher apenas 50% das vagas com brasileiros. As principais carências eram especialistas em ortopedia, anestesista e cirurgia.
De acordo com Medrado, em 1995, havia apenas 64 leitos em todo o Estado – que tem 139 municípios. ”Com os cubanos foi para 2.640”, afirma.
O entrosamento entre os médicos dos dois países não foi imediato. “É uma formação diferente. Um é socialista o outro capitalista”, brinca o médico que teve a vida política iniciada no PC do B, quando ainda era estudante de medicina na Universidade Federal da Bahia (UFBA).
Medrado conta também que logo os brasileiros passaram a atuar nas clínicas particulares, enquanto os cubanos permaneciam no SUS.
“Porém o dermatologista cubano é melhor que o brasileiro, né? E todo mundo ia se consultar no SUS. Com o tempo os cubanos foram trabalhar também nas clínicas particulares.”
Idioma e doenças locais
Uma das principais críticas do Conselho Federal de Medicinal para o atual projeto de “importação” de médicos estrangeiros é rebatida por Medrado. Ele afirma que a diferença de idioma entre médico e paciente no programa realizado no Tocantins não era problema.
“É melhor ter um médico que fale espanhol do que nenhum. Precisávamos resolver o problema de falta de opção."

Cremesp paga táxi e hora extra para funcionários irem a ato de médicos na Paulista


Médico brasileiro é profissional privilegiado

Estudo do IPEA mostra que nenhum profissional sai da faculdade com salário mais alto que o do médico.

SAIBA PORQUE O PROGRAMA DO GOVERNO DE IMPORTAÇÃO PODE RESOLVER A QUESTÃO DA FALTA DE MÉDICOS

Conheça o retrato dramático da saúde pública no Brasil e saiba por que o programa do governo de importação de médicos pode ajudar a resolver esse flagelo
Paulo Moreira Leite e Izabelle Torres
 
 
 
No início do ano, uma pesquisa do Ipea realizada com 2.773 frequentadores do SUS, o Sistema Único de Saúde, indicou que o principal problema de 58% dos brasileiros que procuram atendimento na rede pública é a falta de médicos. Num País com cerca de 400 mil médicos formados, no qual pouco mais de 300 mil exercem a profissão, nada menos que 700 municípios – ou 15% do total – não possuem um único profissional de saúde. Em outros 1,9 mil municípios, 3 mil candidatos a paciente disputam a atenção estatística de menos de um médico por pessoa – imagine por 30 segundos como pode ser a consulta dessas pessoas. Na segunda-feira 8, no Palácio do Planalto, a presidenta Dilma Rousseff assinará uma medida provisória e três editais para tentar dar um basta a essa situação dramática em que está envolta a saúde pública do País. Trata-se da criação do programa Mais Hospitais, Mais Médicos. Embora inclua ampliação de bolsas de estudo para recém-formados e mudanças na prioridade para cursos de especialização, com foco nas necessidades próprias da população menos assistida, o ponto forte do programa envolve uma decisão política drástica – a de trazer milhares de médicos estrangeiros, da Espanha, de Portugal e de Cuba, para preencher 9,5 mil vagas em aberto nas regiões mais pobres do País.
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LEITOS DESASSISTIDOS
Em 15% dos municípios brasileiros não é possível
encontrar um único profissional de saúde
Na última semana, ISTOÉ teve acesso aos bastidores do plano que pode revolucionar o SUS. Numa medida destinada a responder aos protestos que entidades médicas organizaram nas últimas semanas pelo País, o governo decidiu organizar a entrada dos médicos estrangeiros em duas etapas. Numa primeira fase, irá reservar as vagas disponíveis para médicos brasileiros. Numa segunda fase, irá oferecer os postos remanescentes a estrangeiros interessados. Conforme apurou ISTOÉ, universidades e centros de pesquisa serão chamados a auxiliar no exame e na integração dos médicos de fora. Não é só. Numa operação guardada em absoluto sigilo, o Ministério da Defesa também foi acionado para elaborar um plano de deslocamento e apoio aos profissionais – estrangeiros ou não – que irão trabalhar na Amazônia e outros pontos remotos do País, onde as instalações militares costumam funcionar como único ponto de referência do Estado brasileiro – inclusive para questões de saúde. O apoio militar prevê ainda um período de treinamento básico de selva com 24 dias de duração.
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CARÊNCIA
Famílias e regiões mais pobres sofrem mais com a falta de médicos
Uma primeira experiência, ocorrida no início do ano, é ilustrativa do que deve acontecer. Em busca de médicos para 13 mil postos abertos em pontos remotos de 2,9 mil prefeituras do país, mas reservados exclusivamente a brasileiros, o Ministério da Saúde mal conseguiu preencher 3 mil vagas, ainda que oferecesse uma remuneração relativamente convidativa para recém-formados, no valor R$ 8 mil mensais, o equivalente a um profissional de desempenho regular em estágio médio da carreira. Essa dificuldade se explica por várias razões. Poucas pessoas nascidas e criadas nos bairros de classe média das grandes cidades do País, origem de boa parte dos médicos brasileiros, têm disposição de abandonar amigos, família e todo um ambiente cultural para se embrenhar numa região desconhecida e inóspita. Isso vale não só para médicos, engenheiros, advogados, mas também para jornalistas.
O motivo essencial, contudo, reside numa regra econômica que regula boa parte da atividade humana, inclusive aquela que define chances e oportunidades para profissionais de saúde – a lei da oferta e a procura. Em função da elevação da renda da população e também de uma demografia que transformou o envelhecimento numa realidade urgente, nos últimos dez anos assistiu-se a uma evolução curiosa no universo da saúde brasileira. Formou-se a demanda por 146 mil novos médicos, no Brasil inteiro, mas nossas universidades só conseguiram produzir dois terços dessa quantia, deixando um déficit de 54 mil doutores ao fim de uma década. Num sintoma desse processo, os vencimentos dos médicos brasileiros ocupam, hoje, o primeiro lugar na remuneração de profissionais liberais, superando engenheiros e mesmo advogados.
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Nos hospitais e nos órgãos públicos, há diversos relatos dramáticos que envolvem a dificuldade para se contratar médicos, mas poucos se comparam à situação enfrentada por Henrique Prata, gestor do Hospital do Câncer de Barretos, uma das mais respeitadas instituições do País na especialidade. Nem oferecendo um respeitável salário de R$ 30 mil para seis profissionais que seriam enviados a Porto Velho, em Rondônia, ele conseguiu os especialistas que procurava. Henrique Prata explica: “Há cerca de dois anos venho notando a falta de médicos no Brasil. Hoje, oferecemos salário inicial de R$ 18 mil por oito horas diárias de trabalho, mas não conseguimos gente para trabalhar. Está mais fácil achar ouro do que médico.”
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DIAGNÓSTICO
Ministro da Saúde, Alexandre Padilha:
"Temos dois problemas. Faltam médicos
e muitos estão no lugar errado"
Num ambiente onde carências se multiplicam, as famílias e regiões mais pobres sofrem mais – o que torna razoável, do ponto de vista da população, trazer profissionais estrangeiros para compensar a diferença. Até porque emprego de profissionais estrangeiros é, na medicina de hoje, um recurso comum em vários países. Na Inglaterra, 37% dos médicos se formaram no Exterior. No Canadá, esse número chega a 22% e, na Austrália, a 17%. No Brasil, o índice atual é de 1,79%. Se considerarmos somente os países em processo de desenvolvimento e subdesenvolvidos, a média nacional de 1,8 médico por mil habitantes já é considerada uma média baixa. A Argentina registra 3,2, o México 2 e a Venezuela de Hugo Chávez 1,9. Se a comparação é feita com países desenvolvidos, a nossa média cai vertiginosamente. A Alemanha, por exemplo, possui 3,6 médicos por mil habitantes. Ou seja, o Brasil tem cerca de metade dos médicos que uma nação civilizada necessita. Independentemente da polêmica que envolve a vinda de médicos estrangeiros, o fato é que faltam profissionais de saúde no País. Como tantos problemas que o Brasil acumula ao longo de sua história, a desigualdade regional tem reflexos diretos na saúde das pessoas. Com 3,4 médicos por mil habitantes, o Distrito Federal e o Rio de Janeiro têm um padrão quase igual ao de países desenvolvidos. São Paulo (com 2,4) também tem uma boa colocação. Mas 22 Estados brasileiros estão abaixo da média nacional e, em alguns deles, vive-se uma condição especialmente dramática. No Maranhão, o número é 0,58 por mil. No Amapá é 0,76. No Pará, cujo índice é de 0,77, 20 cidades não têm um único médico e outras 30 têm apenas um. “Muitas pessoas acreditam que o Brasil até que tem um bom número de médicos e que o único problema é que eles estariam no lugar errado”, observa o ministro Alexandre Padilha, da Saúde, que, como médico, passou boa parte da carreira no atendimento à população carente do Pará. “Temos os dois problemas. Faltam médicos e muitos estão no lugar errado.”
O empenho do governo com o projeto se explica por um conjunto de motivos compreensíveis. Um deles é a oportunidade. A crise europeia levou a cortes imensos no serviço público do Velho Mundo, jogando no desemprego profissionais de países que, como a Espanha, se interessam pela remuneração que o governo brasileiro pode pagar. Em Portugal, o movimento é duplo. Médicos portugueses se interessam por empregos fora do País, enquanto os estrangeiros, especialmente cubanos, se tornaram interessantes para o governo, pois são mais baratos.
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Com uma média altíssima de médicos por habitante (6,7 por mil), o governo de Havana tem uma longa experiência de exportação de seus profissionais, inclusive para o Brasil. Por autorização do ministro da Saúde José Serra, ainda no governo de Fernando Henrique Cardoso, médicos cubanos foram autorizados a atender a população brasileira em vários pontos do País. Em 2005, quando a autorização de permanência dos cubanos no Estado de Tocantins se encerrou, uma parcela da população chegou a correr até o aeroporto para impedir que eles fossem embora. Em Niterói (RJ), sua presença chegou a ser apontada como um fator importante para a redução de filas nos hospitais públicos. O prestígio dos cubanos nasceu de um encontro que une o útil ao agradável. O País tem uma medicina voltada para o atendimento básico – aquele que resolve 80% dos problemas que chegam a um consultório –, embora seja menos avançado em áreas mais complexas. Do ponto de vista dos profissionais da Ilha, a vantagem também é econômica. O salário que recebem fora do País é compensador em relação aos vencimentos em Cuba e inclui uma poupança compulsória. Eles são autorizados a deixar seu País com a condição de embolsar metade dos vencimentos no Exterior – e só receber a outra parcela, acumulada numa conta especial, quando fazem a viagem de volta. Autor de um convênio que trocava petróleo por médicos, o ex-presidente venezuelano Hugo Chávez construiu boa parte de sua popularidade com postos de saúde nas favelas de Caracas, administrados por profissionais cubanos. O efeito eleitoral óbvio da iniciativa não anulava o benefício real da população. No levantamento de uma década, encerrado em 2006, dados da Organização Mundial de Saúde registraram quedas importantes na mortalidade infantil da Venezuela. Os casos de morte por diarreia caíram de 83 para 30 por 100 mil crianças. Os de pneumonia foram reduzidos de 30 para 16 por 100 mil.
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Ferida em sua popularidade quando faltam 16 meses para a eleição presidencial, na qual perdeu a condição de concorrente imbatível, Dilma Rousseff enfrenta a necessidade de construir uma marca própria para tentar a reeleição, pois agora o eleitor vai julgar seu desempenho, e não mais o mandato de Lula, como em 2010. Com a economia em marcha lenta e várias armadilhas nacionais e internacionais no meio do caminho, o esforço para exibir um ambiente de melhora na área de saúde pode ajudar na reconstrução política da presidenta. Com um certo otimismo, analistas simpáticos ao governo chegam a sugerir que, se for bem-sucedido, o plano Mais Médicos pode servir como alavanca para Dilma num movimento semelhante ao que o Bolsa Família representou para a reeleição de Lula, um candidato que teve o governo alvejado pelas denúncias do mensalão em 2005, mas acabou vitorioso em 2006.
A experiência ensina, contudo, que nenhuma receita eleitoral pode funcionar se não trouxer melhorias verdadeiras aos diretamente interessados. Se o Bolsa Família colocou vários bens de primeira necessidade à mesa, o Mais Médicos terá de mostrar eficiência em sua área. E aí podem surgir problemas. O governo terá 90 dias para aprovar a Medida Provisória num Congresso ressabiado diante de determinadas iniciativas do Planalto – como o plebiscito – e vários episódios hostis. Embora nenhuma passeata recente tivesse exibido uma faixa pedindo mais médicos, o que seria até inusitado, a demanda por melhores serviços de saúde dá espaço à iniciativa do governo. Ainda assim, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), se diz desconfiado. “Nossa ideia é dar respostas às demandas das ruas. Vamos avaliar quais são as exigências e o que pode ser feito. Não vamos desconversar e mudar o foco dessas demandas”, diz.
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REFORÇO MILITAR
O Exército foi acionado para elaborar um plano
de deslocamento e apoio aos médicos
Outra questão, até mais relevante, envolve a oposição das entidades médicas. Num esforço evidente para proteger o mercado de trabalho, elas têm combatido o programa onde podem. Foi por sua iniciativa que o governo de Tocantins, em 2005, foi obrigado a interromper o trabalho dos médicos cubanos. As associações médicas conseguiram uma sentença, na Justiça, que anulou o acordo a partir da constatação de que eles não haviam revalidado seu diploma no país e não poderiam exercer a profissão no Brasil. O mesmo argumento é colocado agora. Informados de que o governo brasileiro pretende aprovar – ou rejeitar – os candidatos a partir de seu histórico escolar e da faculdade que lhes deu o diploma, sem fazer o exame de revalidação, chamado Revalida, os médicos reagem. “A isenção da prova é um absurdo. Em vez de criar estrutura em hospitais e postos e de transformar a carreira médica em uma carreira de Estado, o governo inventou uma manobra política para fazer de conta que o problema do Brasil é a falta de médicos. Na verdade, a crise é de gestão, de dinheiro muito mal aplicado. Não faltam médicos, falta estrutura mínima para que eles trabalhem na rede pública”, diz o presidente do Conselho Federal de Medicina, Roberto D’Avila.
GASTOS EVITÁVEIS
Gasta-se muito no País com o tratamento das complicações de
doenças que deveriam 
ser controladas no atendimento básico de saúde,
mas não o são Em 2012, por exemplo, o governo gastou R$ 3,6 bilhões apenas
com o tratamento de complicações associadas ao sobrepeso e à obesidade.
Entre elas, diabetes tipo 2, diversos tipos de câncer (pâncreas, colorretal,
endométrio e mama) e doenças cardiovasculares
O Ministério da Saúde alega que, se aplicasse o Revalida, não poderia impedir os médicos estrangeiros de trabalhar em qualquer ponto do País – em vez de mantê-los, sob contrato de três anos, em pontos distantes do país. O debate, nessa questão, pode nunca terminar. É legítimo, como sugerem as entidades médicas, observar que o governo procura um atalho para não submeter os estrangeiros ao exame Revalida, duríssimo, que, em sua última versão, aprovou menos de 9% dos candidatos e, na penúltima, 12%. Mas também é legítimo procurar assistir imediatamente uma população que não tem direito a nenhum médico para zelar por sua saúde. Quem diz isso é Hans Kluge, diretor da Divisão dos Sistemas de Saúde Pública da Organização Mundial de Saúde. Entrevistado pela BBC Brasil, Kluge disse que a vinda de estrangeiros não é nenhuma opção milagrosa, mas pode ser útil a curto prazo.
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Embora os médicos sejam personagens centrais no sistema de saúde de um País, o debate sobre o atendimento tem um caráter político. Interessa a toda a população, que irá arcar com cada centavo do programa – orçado em R$ 7, 4 bilhões – com o dinheiro de seus impostos. Desse ângulo, como sabe qualquer pessoa que já sofreu um acidente de automóvel, um enfarto dentro de um avião ou enfrentou imprevistos semelhantes, ninguém pergunta pelo diploma de um médico que estiver por perto. Apenas agradece por sua presença única. São pessoas nessa situação que podem ser beneficiadas pelos médicos estrangeiros.
Com reportagem de Nathalia Ziemkiewicz 
Fonte: Istoé