terça-feira, 9 de julho de 2013

Inflação ou terrorismo econômico da oposição?!


Nunca antes, na história deste País, houve uma coincidência tão grande entre capas de revistas, manchetes de jornais e destaques televisivos como nos últimos dias; essa harmonia ocorre às vésperas de uma reunião do Comitê de Política Monetária e tem dois objetivos paralelos: arrancar juros maiores do governo e desgastar a presidenta Dilma.

Mas afinal de contas, quem seriam os articuladores desta ação orquestrada? Como de fato está a inflação no país? O que está por traz desta campanha midiática?

Primeiramente, com relação a inflação brasileira, se observarmos no gráfico abaixo os dados do levantamento histórico, desde o ano de 1999, veremos que estamos bem longe de um "descontrole inflacionário".


Com relação a inflação dos últimos 12 meses, o gráfico abaixo fala por si, e comprova: a curva de inflação subiu de setembro de 2012 a janeiro de 2013, depois disso, entrou em queda.


Só haveria motivo para grandes preocupações se a curva continuasse subindo. Como já está em queda, significa que as medidas tomadas pelo governo estão funcionando e já produzem efeitos. Não é a toa que o próprio mercado financeiro é categórico ao prever que o índice de inflação IPCA chegará em dezembro fechando o ano em 5,7%, dentro da meta.

O que explica então todo esse terrorismo econômico presente diuturnamente na mídia?

Nos últimos anos, com os avanços econômicos e sociais obtidos nos governos Lula e Dilma, os argumentos econômicos conservadores (neoliberais) passaram a ser usados para combater, e tentar reverter, as políticas de valorização do trabalho e do salário e distribuição de renda.

Eles reconhecem que as causas da inflação são: A clara melhoria no mercado de trabalho e no emprego, a recuperação dos salários e o aumento da renda dos trabalhadores (a minha renda inclusive), que obviamente fortalecem o consumo popular e também o da "nova" classe média.

Obviamente para tentarem reverter os ganhos obtidos pela nossa população graças aos governos PeTistas, a mídia oposicionista e vendilhona (a serviço da de uma oposição não menos vendilhona) parte para o ataque e proclama: Já passou da hora do Banco Central subir a taxa de juros!

Mas, muita gente boa não embarca nas teses oposicionista. Li, recentemente numa entrevista do professor de economia Luiz Gonzaga Belluzzo, uma frase didática do exagerado jogo político (econômico) que ele tem observado: “obsessão de analistas e da imprensa em cobrar uma alta de juros virou uma doença, um samba de nota só, uma visão de prazo curtíssimo”.

Um outro fragmento de texto publicado no site Brasil247 aponta a real dimensão da intencionalidade do aumento dos juros:

O que está em debate não se trata de técnica ou de ciência econômica, mas de disputa política pela apropriação de fatias cada vez maiores de riqueza. Aos especuladores não importa o crescimento da economia ou o bem estar dos brasileiros, mas apenas a satisfação de velhos privilégios que, pela primeira vez em décadas são contrariados pela política econômica do governo federal. Os resultados dessa política podem ser vistos no anunciado fracasso de aplicações financeiras que sempre foram o dreno que engordava as contas bancárias da especulação.


Um aumento de 0,5% (meio por cento) na taxa de juros pode gerar uma transferência de 14 bilhões de reais aos especuladores (cada 0,1% de variação na taxa de juros significa 2,8 bilhões de reais e 441,8 milhões de dólares em benefício da ganância financeira). Esta é a questão real e concreta que o debate sobre o preço do tomate esconde.

Post scriptum: A bola no momento está com o governo, na reunião desta semana o COPOM tem a chance de responder à nossa oposição - midiática e irresponsável - mantendo os juros no atual patamar e reforçando as possibilidades de aumento no crescimento do PIB que se refletirá na manutenção de salários e empregos em alta!


Fonte: http://www.andrenogaroto.com.br/index.php?pagina=3
 

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