terça-feira, 13 de março de 2012

A semana é de paralisações e iminência de greve na educação paranaense

Maringá

Semana vai ter protesto no ensino fundamental, médio e superior

Amanhã, professores e demais servidores das instituições de ensino superior estaduais interrompem as atividades e se reúnem em assembleias para discutir se entram ou não em greve. Na Universidade Estadual de Maringá (UEM), o indicativo foi aprovado pela Seção Sindical dos Docentes (Sesduem) em paralisação na semana passada.

Professores universitários pedem, entre outras reivindicações, equiparação salarial com técnicos administrativos das instituições. Na semana passada, o governador Beto Richa (PSDB) anunciou a suspensão do corte de 2,7% nas verbas de custeio da UEM, o que também era exigido pela classe. A resposta quanto ao salário deve ser apresentada no dia 20. O principal pedido dos técnicos é quanto à estruturação da carreira, com a elaboração do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS).

"Estamos indo em três ônibus de Maringá para Curitiba. Lá nos encontraremos com outros representantes e faremos uma mobilização, além da paralisação que vai acontecer na UEM e nas outras instituições", destacou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino de Maringá (Sinteemar), Eder Rossato. Cerca de 15 mil alunos da universidade devem ficar sem aulas.

No mesmo dia, professores da rede estadual que lecionam para os últimos anos dos ensinos fundamental, médio e educação profissionalizante organizam debate com os alunos sobre as condições de trabalho e saúde. Seguindo o calendário nacional, serão três dias dedicados ao tema. A paralisação do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Estado do Paraná (APP-Sindicato) está programada para quinta-feira, com passeatas.

Segundo a presidente da seção sindical de Maringá, Vilma Garcia da Silva, o dia seguinte à paralisação será para refletir de avaliação de resultados. "Esperamos adesão de, pelo menos, 95% dos professores. Estamos pedindo o cumprimento do piso nacional e a implantação de um terço de horas-atividades, que constam na legislação nacional (Lei Federal n°11.738/2008).

O Estado não poderia ignorar", destacou. Hoje, o Paraná paga R$ 1.222 para uma jornada de 40 horas semanais para o início da carreira do magistério. O valor determinado pelo Ministério da Ediucação é de R$1.451.

Em Maringá, no dia 15, a partir das 9 horas, os professores se reunirão na Praça Raposo Tavares. De lá, caminham até o Núcleo Regional de Educação (NRE), na Avenida Carneiro Leão. Cerca de 40 representantes da região vão para Curitiba fortalecer o movimento estadual. Lá, esperam ser recebidos pelo secretário de Estado da Educação, Flávio Arns.

Só na cidade são mais de 43 mil estudantes na rede estadual. Por isto, Vilma pede compreensão dos pais pelo dia sem aula. "Estamos fazendo isto por melhores condições na educação. O atendimento das nossas reivindicações terão reflexo direto na qualidade do ensino, então pedimos que as famílias e os alunos nos compreendam".

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