sábado, 11 de fevereiro de 2012

História da incineração

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A incineração não é um processo recente. Desde a antiguidade que este processo foi utilizado, se bem que sem todos os desenvolvimentos a que temos acesso actualmente. Inicialmente não havia necessidade do homem ter qualquer meio de tratamento de resíduos. As comunidades eram nómadas e tinham como meio de subsistência a caça e recolha de alimentos. Os resíduos existentes eram na sua grande maioria orgânicos, não representando por isso um risco para o ambiente em que essa comunidade de encontrava.
No entanto, o homem foi gradualmente tornando-se sedentário, com a descoberta da agricultura, onde podia produzir no mesmo local parte do alimento necessário para os agregados familiares da comunidade. Por este motivo começaram a estabelecer-se comunidades em especial junto a cursos de água. Os resíduos produzidos eram lançados nos cursos de água e terrenos próximos. Devido ao tamanho das comunidades as quantidades de resíduos não eram muito elevadas e havia muitos terrenos onde era possível depositá-los. No entanto havia um desconhecimento dos possíveis riscos de lançar estas substâncias nos rios ou depositá-las ao ar livre ou mesmo enterrá-las. Este facto causou em determinadas ocasiões na história epidemias que se revelaram catastróficas para as populações, não só por desconhecerem a sua origem e como evitá-la, como também devido aos cuidados de higiene precários e uma medicina muito rudimentar.

A situação agravou-se com a Revolução Industrial e a explosão demográfica.
Em primeiro lugar houve uma grande quantidade de indústrias a surgirem. Os processos utilizados não tinham em consideração a perigosidade dos elementos utilizados na manufactura. Os resíduos eram lançados nos cursos de água ou despejados em lixeiras sem haver qualquer preocupação com o impacto que isso poderia ter sobre o ambiente. O desenvolvimento da industria levou à criação de aglomerados populacionais na área circundante à área industrial. Na procura de melhores condições de vida, houve uma grande mobilização da população rural para as áreas industriais. Este aumento populacional fez com que os resíduos domésticos aumentassem, o que criou alguns problemas quanto às condições mínimas das áreas habitacionais.
Inicialmente a consciência de que a produção de resíduos poderia ser um problema às condições de saúde da população era reduzida. Qualquer forma de transporte era dispendiosa, o que faziam com que utilizassem terrenos próximos, ou relativamente próximos das áreas habitacionais ou industriais. Também não estavam desenvolvidos processos de tratamento destes resíduos, a não ser o aterro e a incineração.
O desenvolvimento constante criou novas substâncias, algumas das quais de difícil destruição. Pode parecer uma coisa muito simples, mas nos anos 50 uma caixa de madeira (material biodegradável e reutilizável) servia como meio de transporte de barras de sabão, que era cortado de acordo com o que o cliente necessitava no momento da venda. Actualmente a mesma quantidade de sabão, em embalagens individuais utiliza o plástico, material que não se decompõe facilmente. Não pretendo entrar aqui em discussão quanto à necessidade ou não de utilizar outros métodos de embalagem e transporte, é apenas uma comparação quanto à quantidade e tipo de materiais utilizado actualmente. Hoje em dia é um problema que é tido em atenção em todos os governos mundialmente e existe uma procura de soluções adequadas e o melhoramento das tecnologias já existentes.

A construção de incineradores começou no final do século XIX, em que o principal objectivo era a redução do volume de resíduos com o aproveitamento energético resultante da combustão dos mesmos. Nessa altura não existiam meios de controlar as emissões de gases, nem de verificar a sua perigosidade para o meio ambiente. Com o passar dos anos começaram a ser desenvolvidas novas tecnologias que reduzem o perigo destas emissões, desde que seja feita em instalações apropriadas e num processo acompanhado.



Desvantagens da incineração

Incineração, vantagens e desvantagens

A nossa sociedade é uma sociedade em constante evolução. Não se pode ignorar todo o desenvolvimento dos últimos séculos que trouxeram melhores condições de vida a toda a população, apesar das desigualdades ainda existentes. Mas este desenvolvimento trouxe as suas contrapartidas e é preciso encontrar soluções viáveis que permitam que o nosso planeta continue a ser um local habitável em que a sociedade possa continuar a florescer. A preocupação crescente com o ambiente é válida se termos em conta todos os riscos inerentes a um crescimento da quantidade de resíduos e das suas acções nefasta sobre o ambiente.

Antes da Revolução Industrial a maior parte dos resíduos eram resíduos orgânicos que eram facilmente decompostos pela Natureza. Resultavam das actividades domésticas. Mesmo os resíduos resultantes da manufactura de determinados produtos, eram numa quantidade reduzida e era possível colocá-los em locais que normalmente não causavam grandes problemas à população devido à sua localização. No entanto surgiam por vezes situações de epidemias, em especial devido ao lançamento de resíduos orgânicos em recursos hídricos, mas na altura eram desconhecidos os mecanismos de transmissão de doenças e muitas vezes atribuídos a “maldições” ou castigo de Deus. Com o surgimento da Revolução Industrial começam a surgir as grandes indústrias. Não havia qualquer cuidado com o tratamento dos resíduos sólidos ou líquidos resultantes e estes eram lançados indiscriminadamente com riscos óbvios para a saúde pública. Por outro lado deu-se o fenómeno da migração para os grandes centros industriais, na busca de melhores condições de vida, o que provocou um crescimento dos centros urbanos e da população. Com os novos desenvolvimentos na área da saúde, entre outros factores, temos a explosão demográfica. Tudo isto contribuiu para um aumento significativo da quantidade de resíduos quer estes fossem industriais, quer domésticos. O desconhecimento dos riscos e a mera incúria levaram a que em pouco tempo começassem a surgir os problemas de saúde pública e a busca de soluções. A incineração já é utilizada há algum tempo e é uma solução que, como qualquer outro método, tem as suas vantagens e desvantagens. Mas é importante ver a incineração como uma solução integrada numa estrutura organizada de redução de resíduos, havendo mesmo situações em que não há uma alternativa, e estamos a falar de resíduos hospitalares em que o risco para a saúde pública a torna necessária. É necessário tomar medidas que possam reduzir o risco para o ambiente e população. Passa em grande parte pela educação da população e qualquer outro produtor de resíduos. Passa por informar acerca da importância de defender o ambiente que no final de contas é a nossa casa. Mas também passa por soluções que sejam eficazes. A incineração é uma forma de destruir resíduos que tem a vantagem de reduzir o volume e peso dos resíduos, destruir microrganismos patogénicos e pode ser uma fonte importante de energia. Actualmente as novas tecnologias permitem o controlo dos gases emitidos e com isso eliminar os riscos para a população. Juntamente com a educação ambiental e com a sensibilização das entidades produtoras de resíduos é uma ferramenta importante no controlo da quantidade de resíduos que todos os dias são produzidos.

 Resíduos sólidos urbanos
O termo “resíduos sólidos urbanos” começou a ser utilizado para definir “lixo”. Lixo significa “aquilo que se deitou fora porque está gasto, sujo ou não é útil”. Tem origem no latim lixa, que significa “água da lixívia”. No entanto era necessário distinguir entre os resíduos sólidos e os líquidos, que têm características e tratamentos diferentes. É considerado resíduo sólido urbano os resíduos sólidos ou semi-sólidos, resultantes das actividades humanas, quer seja individuais ou industriais. Como tal, águas de esgoto ou águas residuais provenientes de actividades industriais não são incluídas neste conceito.
Existem vários tipos de resíduos e eles podem ser classificados de acordo com vários parâmetros. Estes poderão ser características específicas (como o teor de água, materiais orgânicos) ou a sua origem (urbana, industrial, hospitalar). Os resíduos sólidos urbanos são apenas um tipo de resíduos. Se termos em conta a sua origem, eles poderão ser classificados como resíduos sólidos urbanos, industriais e hospitalares.

Os resíduos sólidos urbanos são todo e qualquer resíduo produzido a nível domiciliar e são normalmente restos de comidas, embalagens de alimentos ou equipamentos adquiridos pela família ou qualquer tipo de ferramenta ou acessório, o que inclui equipamento electrónico já não considerado de uso para a família. Inicialmente estes resíduos eram essencialmente restos de comida e por isso biodegradáveis, mas com as novas tecnologias e os novos materiais utilizados surgiu toda uma panóplia de materiais que são utilizados individualmente. Mas os resíduos urbanos também inclui os resíduos encontrados na via pública, que poderá ser areias, folhas e outros colocados aí pelos indivíduos.

No que se referem aos resíduos sólidos industriais, estamos a falar de produtos resultantes da preparação e manufactura, mas que já não são necessários. Aqui poderão existir vários tipos de resíduos de acordo com a indústria em questão. Poderão ser resíduos relativamente inócuos se comparados com os resíduos urbanos, mas em quantidades muito superiores. Mas também poderão ser produtos perigosos e é necessário que sejam processados da forma adequada de maneira a não haver perigo para a saúde pública.

 Os resíduos hospitalares são todos os resíduos que são provenientes de instituições de saúde, quer sejam um centro de saúde, uma clínica ou um hospital. São resíduos considerados perigosos para a saúde pública devido às suas características. Têm em si uma grande quantidade de resíduos orgânicos passíveis de conterem microrganismos patogénicos, além de que estão incluídos vários instrumentos cortantes e perfurantes que têm se ser armazenados convenientemente e destruídos para não provocarem qualquer dano a quem manuseie este tipo de resíduos e posteriormente à saúde pública.

 Compostagem | incineracao.online.pt

A compostagem é um processo através do qual material orgânico é decomposto. Este processo é levado a cabo através de bactérias aeróbias que transformam o material orgânico em material que pode ser utilizado como fertilizante. Para além do facto de ser uma forma natural de proporcionar nutrientes ao solo, é também uma forma eficaz e simples de reduzir a quantidade de resíduos sólidos, quer a nível doméstico, quer a nível industrial.

História
A compostagem não é um processo recente. Existem registos acerca da compostagem que datam de há mais de 2000 anos na China. Era uma forma de corrigir os nutrientes no solo e de melhorar as colheitas. Nas zonas rurais existia muitas vezes locais onde eram depositados as folhas e outros resíduos das colheitas para a formação de composto que era posteriormente utilizado para fertilizar os solos. Mesmo com o surgimento dos fertilizantes químicos, este tipo de fertilizante era preferido.

Antes de todo o desenvolvimento industrial a que se assistiu nos últimos séculos, era feito um reaproveitamento de quase todos os resíduos. A quantidade que era de facto lançada para o ambiente era reduzida. Com o desenvolvimento industrial e com o surgimento de novos compostos, muitos deles não biodegradáveis, a compostagem começou a ser posta de lado. Para além disso, não era prático fazer a compostagem em locais de grande densidade populacional devido aos cheiros criados e às próprias condições de habitação que não proporcionam a existência de pilhas de compostagem. Ainda a acrescentar que este é um processo relativamente longo e como tal acabou por ser descartado.
Mas uma preocupação crescente com o meio ambiente fez com que se procurassem formas eficazes e não prejudiciais ao ambiente de reduzir os resíduos sólidos produzidos quer a nível doméstico quer a nível industrial. E a compostagem voltou a surgir como uma forma biologicamente amigável de reduzir e reutilizar os compostos orgânicos. Assim começa agora a ser utilizada novamente, inclusive a nível doméstico, com a utilização do composto final na fertilização de jardins e pequenas hortas familiares, assim como a nível industrial com a diminuição da quantidade de resíduos a serem depositados em aterros e a diminuição dos riscos para a saúde que poderiam advir de um não tratamento destes resíduos.

O processo da compostagem
De uma forma simples a compostagem é o processo através do qual bactérias aeróbias que se encontram no solo decompõem os resíduos orgânicos. As bactérias aeróbias são bactérias que necessitam de oxigénio para sobreviverem. Ao ser feita a compostagem apenas se está a simular e a acelerar um processo que já existe na natureza. Durante este processo as bactérias libertam dióxido de carbono e calor. No final o composto será rico em azoto, fósforo e potássio. Na natureza este processo poderá levar meses. Conhecendo o processo, é possível acelerá-lo e ter o composto fertilizante em 3 a 5 semanas.


A compostagem doméstica

Existindo um local em que possa ser montada uma pilha de compostagem, qualquer pessoa pode usar este método para reduzir a quantidade de resíduos sólidos orgânicos produzidos pela sua família e utilizar o composto no seu jardim ou horta e evitando o uso de fertilizantes químicos.

Para fazer a compostagem dos seus resíduos sólidos a primeira coisa é escolher um local adequado onde montar a sua pilha de compostagem. Neste momento já existem no mercado estruturas preparadas. Mas também poderá fazer uma estrutura em madeira onde pode colocar os resíduos. Este local deve estar de preferência perto do local onde irá utilizar o composto fertilizante. Devido aos cheiros que poderão exalar deve ser colocado num local que não o incomode a si ou aos seus vizinhos. Por outro lado não deve ser um local assolado pelo vento, visto que este poderá espalhar os resíduos, os odores e irá fazer com que o teor de água diminua, diminuindo também a velocidade do processo. Também não deve colocar a sua pilha de compostagem exposta à luz solar directa por isto reduzir o nível de água da pilha. Coloque a estrutura de maneira que possa haver uma boa drenagem da água (no caso de chover, para não haver acumulação de água junto à pilha).

Tendo escolhido o local e montado a estrutura, está pronto para começar.

Deve começar por colocar os resíduos com uma camada de terra. É o solo que contém os microrganismos que farão a decomposição dos resíduos. Se os resíduos forem secos, deve humedecê-los, não encharcá-los. Isto irá acelerar o processo. Assim todos os dias deve remexer os resíduos para se assegurar que as bactérias têm oxigénio suficiente. Já existem sistemas que injectam ar para a mistura sem ser necessário remexer. Ao colocar mais resíduos deve colocar também uma camada de terra e humedecer os resíduos. No final terá na parte inferior da pilha o composto fertilizante que poderá retirar e utilizar. 

Tipos de resíduos que podem ser utilizados na compostagem
Há muitos resíduos que podem ser utilizados na compostagem. Um ponto a ter em consideração com qualquer um deles é que deve ser em pequenos fragmentos para que se decomponham mais rapidamente. Por isso é possível que seja necessário cortar os restos de comida. Os materiais que pode utilizar são restos de alimentos, cascas de ovos, grãos de café, folhas do seu jardim, ramos de arbustos ou árvores, serradura. Poderá também utilizar papel, mas deverá ser em pequena quantidade e não deve utilizar papel de cor, que contém corantes que são tóxicos. Evite usar restos de produtos que contenham muita gordura visto estes atrasarem a decomposição. Também evite restos de carne pois poderá atrair animais para a sua pilha de compostagem. Não utilize dejectos, não só pelo seu odor desagradável, como também pelo risco de serem portadores de doenças.

 O composto fertilizante pronto
Durante o processo é libertado dióxido de carbono e calor. Há medida que o processo de decomposição evolui, as bactérias terão cada vez menos matéria orgânica que decompor e por isso a actividade diminuirá e a temperatura do composto baixará. É um dos indicadores que pode utilizar o composto fertilizante. Mas existem outras formas de ver. Uma delas é a coloração. Terá uma coloração castanha escura ou quase preta uniforme e não poderá identificar os resíduos que tinha colocado ali inicialmente. O volume do composto estará reduzido de 50 a 75% e terá uma textura macia. Pode retirar este composto e começar a utilizá-lo no seu jardim ou horta. Ao contrário dos fertilizantes químicos, este composto permite equilibrar os componentes do solo e assim não só estará a contribuir para a redução dos resíduos como a permitir que o seu jardim ou horta sejam cada vez mais saudáveis e produtivos.

Redução, reutilização e reciclagem
As questões ambientais começaram a surgir à muitos anos atrás quando começaram a ser evidentes os problemas derivados de uma aumento enorme da quantidade de lixo produzido e do impacto que as lixeiras e outras formas de tratamento dos resíduos estavam a ter na saúde pública. Temos um planeta de capacidade limitada, com uma população que não para de crescer. E com isso temos cada vez mais resíduos. Inicialmente os processos utilizados não eram controlados de forma nenhuma. Havia lixeiras a céu aberto, sem a protecção do solo, o que causava grandes problemas de saúde às populações vizinhas, por contaminação do ar e de lençóis de água. Havendo problemas de espaço eram muitas vezes queimados os resíduos de uma forma não controlada, para reduzir a quantidade de lixo, o que provocava a emissão de gases altamente perigosos.
Assim surgiu a necessidade de criar soluções eficazes. Um ponto importante era encontrar soluções que fossem economicamente viáveis e que não afectassem a saúde pública. Actualmente existem formas de armazenar ou destruir os resíduos, mas um ponto importante é reduzir a quantidade de lixo produzido. Ao ser reduzida a quantidade de lixo produzido, serão reduzidos os custos de transporte e tratamento dos resíduos, haverá menos necessidade de aterros, diminuirá a produção de substâncias que poderão vir a ser prejudiciais aquando da sua destruição e há uma menor utilização de matérias-primas. Por todos estes motivos os governos a nível mundial começaram campanhas de sensibilização do público e industria para que houvesse uma menor produção de resíduos e um melhor reaproveitamento dos resíduos.
O primeiro ponto aqui mencionado é a redução. Um ponto muito simples mas muito importante. A redução pode ser aplicada quanto à quantidade de resíduos produzidos, mas também a redução da toxicidade dos materiais produzidos. Um ponto que pode ser incluído aqui é o aumento do tempo de vida útil dos materiais para que possam ser utilizados durante mais tempo e diminuindo a necessidade de descartar e adquirir.
O segundo ponto é a reutilização. Pode ser utilizado em muitos produtos utilizados em casa. Exemplos são utilizar ao máximo qualquer material existente em casa e isso pode incluir uma coisa tão simples como usar um caderno até ao fim antes de comprar outro.
Por último a reciclagem. A reciclagem permite a transformação de materiais que já não são necessários em materiais úteis, diminuindo assim a utilização de matérias-primas.
A adopção destas medidas passa pela consciencialização da população e entidades industriais. Não apenas conhecerem os riscos de não as praticarem, mas também como o podem fazer correctamente. E por vezes não é preciso mais do que um pouco de imaginação. Uma caixa velha, forrado com um papel ou tecido, pode ser um bonito embrulho para uma prenda. Ou um conjunto de frascos de café, decorados, podem servir para armazenar diversas coisas na cozinha. Mas antes de mais nada é preciso ter a consciência de que é necessário defender a nossa casa, o nosso planeta, e torná-lo num sítio onde gostamos de viver e no sítio em que queremos que as nossas crianças criem o seu futuro.

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