sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

INCINERAÇÃO E SAÚDE HUMANA

Estudo do Conhecimento Sobre os Impactos da Incineração na Saúde Humana.
Veja o estudo elaborado clicando na imagem!

SUMÁRIO EXECUTIVO
O manejo de resíduos urbanos e industriais é um problema crescente no mundo inteiro. Na União Européia, ao mesmo tempo em que a produção de lixo aumenta continuamente, são elaboradas normas mais rigorosas sobre a quantidade de resíduos que podem ir a aterros sanitários. Muitos incineradores vêm sendo fechados em função de um maior controle sobre emissões atmosféricas. Na Europa, todos os incineradores em breve terão que se adequar a uma nova diretiva.

Felizmente, há soluções de longo prazo para a crise do lixo, destacando-se a implementação de estratégias de prevenção de resíduos, e, ao mesmo tempo, de reutilização e reciclagem. Há, porém, uma tendência cada vez maior de se construir e planejar novos incineradores, numa tentativa de fornecer uma solução rápida para a crise do lixo. Nesse sentido, os incineradores são vistos com bons olhos, pois se tem a falsa ideia de que reduzem o lixo a um décimo do volume original, reduzindo, assim, o volume de resíduos destinados a aterros sanitários.

Os incineradores, no entanto, são um tema controverso, tendo em vista os potenciais impactos no meio ambiente e na saúde humana e as considerações econômicas que não favorecem essa tecnologia. Sabe-se que eles emitem inúmeros compostos tóxicos na atmosfera e produzem cinzas e outros resíduos. O governo das Filipinas já tomou real consciência das muitas questões preocupantes ligadas à incineração.

Após forte pressão pública, a regulamentação de 1999 Philippine Clean Air Act baniu a incineração de resíduos urbanos, médicos e perigosos. Em troca, está-se promovendo a redução, reutilização e reciclagem do lixo, ao mesmo tempo em que tecnologias não incineradoras estão sendo recomendadas para resíduos que requerem alguma forma de tratamento. Enquanto isso, no entanto, países europeus estão defendendo a construção de ainda mais incineradores.
Este relatório reúne achados científicos sobre incineradores e suas emissões e os impactos que causam sobre a saúde humana.

Uma ampla gama de efeitos na saúde foi associada às residências próximas a incineradores, assim como ao trabalho neles. Esses efeitos incluem câncer (em crianças e adultos), impactos adversos no sistema respiratório, doença cardíaca, efeitos no sistema imunológico, aumento na incidência de alergias e anormalidades congênitas. Alguns estudos, especialmente os sobre câncer, estão relacionados a incineradores mais antigos, e não aos modernos. No entanto, os incineradores modernos em operação nos últimos anos também foram associados a efeitos adversos na saúde.

Apesar da redução de alguns compostos nas emissões de chaminés, os incineradores modernos também emitem inúmeras substâncias tóxicas lançadas na atmosfera ou misturadas com outros resíduos como a cinza volante e a cinza de fundo.

Além disso, a redução dos níveis de dioxinas e de outros compostos nos gases de chaminé está levando ao aumento das emissões desses mesmos compostos nos outros resíduos dos incineradores.
Na maioria dos casos, os efeitos na saúde associados aos incineradores não podem ser atribuídos a um poluente específico. Devido à limitação de dados disponíveis, é impossível predizer os efeitos na saúde causados pelos incineradores, incluindo as plantas novas ou aquelas que sofreram reformas.

Em face disso, este relatório demonstra a urgência de se eliminar por completo a incineração e programar políticas adequadas para o gerenciamento de resíduos. Essas políticas devem ter como base a prevenção, reutilização e reciclagem do lixo.

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