segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Novo time da Comissão de Finanças quer rever subsídios este mês

Fonte: Matéria no Blog do Jornalista Luiz Fernando Cardoso.
 Os subsídios dos vereadores, prefeito, vice-prefeito e secretários municipais de Maringá, aprovados pela Câmara Municipal no final do ano passado, retornarão à pauta de votações já neste mês. A garantia é dos novos membros da Comissão de Finanças e Orçamento (CFO), que tem a competência de revogar ou não o aumento de 90%, considerado abusivo pela sociedade.
Saboia, Bravin e Humberto: membros da CFO querem reduzir "super salários"
Veja em odiario.com como ficaram compostas as comissões.
A definição dos membros de três das quatro comissões permanentes da Câmara foi feita ontem (2), em sessão especial tumultuada. A disputa pela a presidência da CFO dividiu a base do prefeito Silvio Barros (PP), favorecendo a oposição. Depois de 3 anos de exclusão, a bancada oposicionista conquistou um terço das cadeiras nas três comissões.
Os pivôs do tumulto foram os vereadores John Alves (PMDB) e Dr. Saboia (PMN), que divergem na questão dos subsídios. Uma minoria liderada por John quer a manutenção do subsídio de R$ 12 mil para vereadores, vice-prefeito e secretários municipais e de R$ 25 mil para prefeito. Apoiado pela maioria dos edis, que temem desgaste político, Saboia defende uma revisão desses valores o quanto antes.
A exclusão de John da CFO foi orquestrada por Saboia e Flávio Vicente (PSDB). O receio da dupla é que John, estando na comissão, travaria a apresentação de um projeto de lei para rediscutir os subsídios. “Me propus a ser presidente justamente para garantir que o assunto retorne à pauta”, declarou Saboia.
Até o começo desta semana, a CFO estava prometida a John, que descobriu somente ontem que havia sido sacado da lista de membros das comissões. “Em reunião com o grupo, pediram que eu voltasse da licença [o suplente Umberto Crispim ocupava a cadeira] para compor a Comissão de Finanças”, disse John. “Aí quando chego aqui, vejo que meu nome estava fora da lista”, reclamou.
Excluído, John não poupou críticas a Vicente e Saboia, que segundo ele, foram os maiores defensores do aumento do subsídio de R$ 6,3 mil para R$ 12 mil. “Sou contra voltar atrás e votar novamente uma lei só porque levou palmadas na bunda. Parlamento não é brincadeira”, disse John, referindo-se à pressão feita pelo movimento “$uper$alários não, revogação já”.

Rival na disputa pela CFO, Saboia sai fortalecido e com o apoio dos demais membros da comissão, Belino Bravin (PP) e Humberto Henrique (PT), para fazer tramitar nova proposta para os subsídios.
De fora das comissões antes da manobra de Saboia para excluir John, a oposição aproveitou a oportunidade para ficar com três das nove cadeiras possíveis. Além de Humberto na CFO, emplacou Mário Verri (PT) na Comissão de Políticas Gerais (CPG) e Marly Silva (PPL) na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

Apesar de a revogação dos subsídios ser atribuída à CFO, o presidente da Câmara, Mário Hossokawa (PMDB), disse que a decisão será tomada apenas depois de reunião com os demais vereadores.

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