quarta-feira, 30 de novembro de 2011

A pressão vai aumentando...

Fonte: http://maringamanchete.com.br/
Populares foram até a sessão da Câmara de Maringá, portando cartazes e máscaras de alguns vereadores e do prefeito da cidade. O movimento $uper$alários não! Revogação já!, no entanto, recebeu uma má notícia: embora o vereador Flávio Vicente (PSDB), membro da Comissão de Finanças e Orçamento, tenha se mostrado favorável à sugestão de outro projeto, reduzindo o valor dos subsídios de vereadores, secretários, prefeito e vice, o vereador Paulo Soni (PSB) permanece irredutível: não quer assinar o projeto, o que, em tese, inviabilizaria a redução. (inf Angelo Rigon)



O presidente da CFO é João Alves Correa (PMDB), que saiu de licença por 123 dias e foi substituído por Umberto Crispim. John é considerado o cérebro do grupo, o que decidiu os valores do aumento (R$ 12 mil para vereadores e secretários, R$ 25 mil para o prefeito), como forma de compensação; ele foi o que mais perdeu com as exonerações de cargos comissionados ligados à Presidência do Legislativo, determinadas pelo Ministério Público e Tribunal de Contas.
Na mesma sessão desta terça-feira, um ato simbólico começou a coleta de assinaturas para apresentação de projeto de iniciativa popular para mudar a Lei Orgânica do Município, conseguindo coletar 5% de assinaturas do eleitorado da cidade, o projeto será aceito para votaçao na Câmara.
 

Fonte:
JORNAL DO POVO!


“$uper$alários Não! Revogação Já!” realiza protesto na Câmara
Durante sessão do poder Legislativo, realizada nesta terça-feira (29), na Câmara Municipal, o movimento “$uper$alários Não! Revogação Já! realizou um ato de protesto pelo não aumento dos salários dos vereadores, secretários e prefeito de Maringá.

Na ocasião, o movimento mostrou sua força e ainda lançou de forma simbólica o recolhimento físico de assinaturas para apresentarem um novo projeto, desta vez, de iniciativa popular.

Algumas pessoas compareceram a sede do poder Legislativo mascaradas e levantando faixas com dizeres como: “Ta difícil viver com R$ 6 mil? Tentem com R$ 545,00”, “Vão comprar vergonha na cara com o novo salário?”, “Desistam agora e passe menos vergonha”, Aumento de salário é para premiar corruptos” e “Vergonha! Aumento abusivo para prefeito, secretários e vereador...para os servidores nem o PCCR que estamos esperando há 13 anos!”.

O movimento almeja a imediata revogação do aumento dos salários dos vereadores, secretários, prefeito e vice; abertura de debate sobre qual a estrutura e a remuneração necessária para o bom exercício da função pública em todos os níveis e criar um projeto de lei de iniciativa popular para regulamentar a fixação dos subsídios em sessão ordinária devendo acontecer em dois turnos e com intervalo de no mínimo de 10 dias entre elas.

Segundo o coordenador do movimento, Edson Pilatti, a intenção é entregar um ofício pedindo a revogação do projeto de lei que aumentou o subsídios aos integrantes da Comissão de Orçamento e Finanças e ao presidente da Câmara. “Entregamos um ofício. Exigimos que o assunto seja melhor debatido. Com esse tempo poderemos fazer uma maior discussão sobre o assunto, respeitando diversos pontos de vista.
Atitude bem diferente do que aconteceu este ano, quando os vereadores aprovaram o aumento em duas sessões relâmpagos, colocando o projeto em votação em regime de urgência para evitar polêmicas”.

“A aprovação das Leis 9.104 e 9.105, ambas de 2011, em regime de urgência, em apenas uma tarde, acontecendo o segundo turno em uma sessão extraordinária, violou o fundamento da soberania popular. A utilização do chamado regime de urgência se deu de forma arbitrária, já que o Regimento Interno prevê que a urgência especial só poderá ser proposta para matérias que, examinadas objetivamente, demonstrem necessidade premente de aprovação, resultando em grave prejuízo a falta de sua deliberação imediata. O aumento de salários não era urgente, além disso, a porcentagem do referido aumento, de 90,51% para os vereadores (de R$ 6.312,63 para R$ 12.025,40) e de 44,1% para o prefeito (de R$ 17.300,00 para R$ 25.000,00), está complemente desligada da realidade social brasileira, já que o salário mínimo nacional vigente é de R$ 545,00”, completou Pilatti.

Para o presidente da Sociedade Eticamente Responsável (SER), César Augusto Moreno, a entidade é frontalmente contra a forma com que foi elaborado o processo de aumento dos subsídios.

“Nossa queixa não é quanto aos valores, mas a maneira com que foi feito, que em nenhum momento ouviu a população, que é detentora do mandato. Repudiamos essa atitude. O fato de criarem um movimento é louvável, mesmo porque leva em consideração a democracia, já que a população está comparecendo a Câmara, dizendo qual é posicionamento dela em relação a diferentes assuntos”, disse Moreno.

PROJETO
O movimento está recolhendo assinaturas para um projeto de iniciativa popular que tem como finalidade regulamentar o trâmite de projetos que aumentem os subsídios de vereadores, prefeito, vice e secretários. A intenção é protocolar o projeto no início de 2012, mas para isso são necessárias cerca de 12,6 mil assinaturas.

O projeto de lei de iniciativa popular prevê que as emendas à Lei Orgânica, leis complementares e leis ordinárias aprovadas com base em Projetos de Iniciativa Popular, somente poderão ser alteradas por meio de novos Projetos de Iniciativa Popular.

No trâmite de Projetos referidos neste artigo, a redação original só poderá ser alterada, acrescentada ou suprimida pelos Vereadores após consulta popular, por meio de audiência pública.

A manifestação popular poderá ser realizada por meio da internet, em formulário eletrônico que contenha a identificação e o número do título de eleitor dos signatários.

Os subsídios do prefeito, do vice-prefeito, dos secretários ou equivalentes e dos vereadores serão fixados pela Câmara somente no último ano da legislatura, até 30 dias antes das eleições municipais, vigorando para a seguinte, observado o disposto na Constituição Federal.

A votação dos subsídios não poderá ocorrer em sessão extraordinária ou em regime de urgência, devendo ser precedida de uma audiência pública e votada em dois turnos, com interstício de no mínimo 10 dias entre eles.

COMISSÃO
O vereador Flávio Vicente, membro da Comissão de Finanças e Orçamento, elaborou um projeto de lei que adota como critério a reposição da inflação desde 2005. O subsídio do vereador seria de R$ 8.334,00.

Contudo, para ser apresentado a Mesa Executiva e entrar em discussão precisaria da assinatura do edil Paulo Soni, que assume no lugar de John Alves Correa, que está de licença.

“Ninguém está se recusando a assinar. Só farei isso após ouvir o posicionamento do grupo. Ainda não tenho posicionamento, não decidi nada. E o projeto do Flávio Vicente, (quando questionado sobre o porquê não assinou o item) não tem valor algum. Sou eu quem decido, eu sou o presidente e não vou decidir sozinho. Vale a pena ouvir a sociedade, mas só vou reformular o projeto quando o grupo decidir”, disse Soni.

“Meu projeto tem valor sim, não é um projeto fechado, é uma tentativa de abrir discussão sobre o assunto. Os vereadores precisam ouvir a população e voltar atrás quantas vezes forem necessárias”, disse Vicente.

SISMMAR
Dando sequência ao posicionamento assumido em nota - publicada em 18 de novembro, contrária ao aumento abusivo dos subsídios/salários, o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Maringá (Sismmar) participou do ato de protesto agendado pelo movimento "$uper$alários Não, Revogação Já!".

O Sismmar defende que devem ser revistos não apenas o subsídio/salário dos vereadores, mas também dos secretários municipais, prefeito e vice-prefeito. Assim como defende o movimento, o sindicato entende que o aumento dado aos agentes políticos de Maringá deve considerar o reajuste dos servidores públicos municipais.

Enquanto a Câmara aprovou, às escondidas, os subsídios/salários em até 90%, os servidores(as) conquistaram, a duras penas, reajuste na faixa de míseros 6%. Isso sem mencionar o Plano de Carreira dos servidores, que há um ano espera para ser votado na Câmara. Também em função dessa falta de consideração com quem mais trabalha na prefeitura, o Sismmar convocou os servidores para participar do protesto na Câmara.

Danyani Rafaella
Foto: SanSilva

3 comentários:

  1. Bom dia!
    Já ouvi na mídia sobre o abaixo assinado, mas não vi nada de onde podemos ir para assinar. Seria bom deixar isso claro.

    Obrigado!

    ResponderExcluir
  2. PLENÁRIA MOVIMENTO $UPER$ALÁRIOSNÃO!
    ORGANIZAÇÃO DA COLETA DE ASSINATURAS

    DIA 12 DE DEZEMBRO
    ÀS 19HS
    NO BLOCO 125 DA UEM - DACESE!

    Pauta: A Organização da coleta de assinaturas para o projeto de lei de iniciativa popular.

    VAMOS ESTABELECER OS PONTOS DE COLETA DE FORMA DEMOCRÁTICA! TODAS AS ENTIDADES E MOVIMENTOS OU ORGANIZAÇÕES E INSTITUIÇÕES DE MARINGÁ ESTÃO CONVIDADAS!

    NO DIA ESTAREMOS RECEBENDO OFICIALMENTE E DIVULGANDO OS PONTOS DE COLETA DAS ASSINATURAS NO PROJETO DE LEI!

    NO DIA DA PLENÁRIA, TAMBÉM ,SERÃO RECOCLHIDOS AS FOLHAS COM AS ASSINATURAS JÁ RECOLHIDAS DA POPULAÇÃO DE MARINGÁ!

    TODOS À PLENÁRIA DE ORGANIZAÇÃO DA COLETA DE ASSINATURAS!
    http://www.facebook.com/events/106854849431442/

    ResponderExcluir
  3. marlyuccelli@hotmail.com4 de dezembro de 2011 às 08:41

    É ISSO AÍ, ELES ATÉ PODEM PASSAR POR CIMA DA VONTADE POPULAR, MAS PRECISA FICAR BEM CLARO QUE NÃO VAMOS DESISTIR NEM DESANIMAR. VAMOS PROTESTAR DE TODAS AS FORMAS POSSÍVEL PARA QUE ESSES CORRUPTOS SAIBAM QUE NAS PRÓXIMAS ELEIÇÕES A POPULAÇÃO VAI ESTAR BEM CIENTE DE QUEM SÃO ELES.... UMA DICA: COLOQUE PONTOS DE ASSINATURAS NAS ESCOLAS, PONTOS DE ÔNIBUS, POSTO DE SAÚDE,SUPERMERCADOS ONDE TODO O "POVO" PODERÁ PARTICIPAR E ASSIM VEREMOS O RESULTADO NAS RUAS...........

    ResponderExcluir